Conteúdo publicado há 10 meses

Corpo de Léa Garcia é velado no Rio; amigos prestam homenagens

O corpo da atriz Léa Garcia está sendo velado no Theatro Municipal do Rio em cerimônia aberta ao público, na manhã de hoje. O velório acontece das 10 horas às 13 horas no Foyer do teatro.

A cerimônia restrita a familiares e amigos será às 14 horas no Cemitério São João Batista, em Botafogo, e o sepultamento será às 15h30.

Amigos e parentes compareceram ao velório e destacaram o legado de Léa para a dramaturgia — ela foi uma das primeiras atrizes negras da televisão brasileira, e uma das maiores expoentes da cultura afro-brasileira.

Luis Miranda comparece a velório de Léa Garcia
Luis Miranda comparece a velório de Léa Garcia Imagem: Carlos Elias/Brazil News

"É importante que a gerações futuras saibam quem foi dona Léa, que entendam que isso é uma luta, uma conquista, um legado. É presente hoje, como é presente discutir questões raciais no país", disse o ator Luís Miranda, à GloboNews.

Léa Garcia morreu na terça-feira (15), aos 90 anos, horas antes de ser homenageada com o troféu Oscarito no Festival de Gramado, pelo conjunto da obra, ao lado de Laura Cardoso.

Antônio Pitanga se despede da atriz Léa Garcia; velório acontece no Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Antônio Pitanga se despede da atriz Léa Garcia; velório acontece no Theatro Municipal do Rio de Janeiro Imagem: Carlos Elias/Brazil News

A atriz estava em Gramado desde o fim de semana, acompanhada do filho, Marcelo Garcia, e assistiu a sessões dos filmes "Retratos Fantasmas" e "Tia Virginia". Splash apurou que a causa da morte foi um infarto agudo do miocárdio.

Atriz Léa Garcia é velada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Atriz Léa Garcia é velada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro Imagem: Carlos Elias/Brazil News
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Trajetória

Ao lado de nomes como Ruth de Souza e Zezé Motta, Léa Garcia foi uma das primeiras atrizes negras da televisão brasileira, e uma das maiores expoentes da cultura afro-brasileira.

Léa ficou famosa no Brasil após interpretar Rosa em "Escrava Isaura" (1976). Antes, no entanto, ela já havia representado o país no cinema internacional: interpretou Serafina em "Orfeu Negro" (1959), filme de Marcel Camus.

Camila Pitanga se emociona em velório de Léa Garcia, no Rio de Janeiro
Camila Pitanga se emociona em velório de Léa Garcia, no Rio de Janeiro Imagem: Carlos Elias/Brazil News

Inspirado na peça teatral "Orfeu da Conceição", de Vinicius de Moraes, o longa venceu o Oscar de melhor filme estrangeiro e fez a atriz ser indicada ao prêmio de melhor interpretação feminina em Cannes.

Além de pioneira, Léa se dedicou a fomentar o cinema negro brasileiro ao longo da vida. Como roteirista, adaptou para as telas textos de autores negros como Cidinha da Silva, Luiz Silva Cuti e Muniz Sodré. Ela também participou de produções feitas por pessoas negras que colocavam temas raciais no centro do enredo, como "As Filhas do Vento" (2005).

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Adriana Lessa cai no choro em velório da atriz Léa Garcia
Adriana Lessa cai no choro em velório da atriz Léa Garcia Imagem: Carlos Elias/Brazil News

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