Agatha faz Terra e Paixão ?reestrear? à altura e Caio estraga tudo

Não tem jeito, Walcyr Carrasco é autor de novelão e ninguém tira esse título. E ele sabe disso! Tanto que ele pode dar uma vacilada ali e aqui, mas na primeira oportunidade ele comprova porque seu nome figura entre os maiores da dramaturgia brasileira.

E você pode até ter considerações e preferências, mas assistir a uma sequência como a que foi ao ar nesta quarta-feira (23), em "Terra e Paixão", te faz dar o braço a torcer nem que seja um tiquinho. Agatha (Eliane Giardini) ressurgindo na frente do clã La Selva foi um deleite para os noveleiros de plantão.

O clássico clímax com a família em crise está à altura da "reestreia" da novela. Depois de capengar com muitos buracos e histórias pouco atrativas, a trama ressuscitou junto com a ex-detenta. Não vai ser uma grande surpresa, por exemplo, se essa nova fase atrair muitos outros telespectadores.

Afinal de contas, quem chegar agora nem precisa fazer esforço para acompanhar o que rolou antes. E sinceramente, nem precisa também. Agatha tem potencial para engolir tudo e todos ao seu redor junto de Irene (Glória Pires) e Antônio (Tony Ramos). Beira a covardia, inclusive, com os outros personagens.

Agora, eles vão precisar se esforçar três vezes mais para entrarem em cena com esse trio de gigantes. O Caio (Cauã Reymond) mesmo já demonstrou que vai precisar fazer bastante esse exercício. Com a tensão gritante no meio da sala de estar, o bonitão entregou o mesmo de sempre.

É aquele mesmo semblante de turrão, o bico de quem está bravo e a entonação que se repete seja para falar com as vacas e os bois ou então seu maior inimigo. Se ele vai participar dessa briga toda, talvez seja bom repensar sua postura. Do contrário, já dá pra pensar numa sucessão o quanto antes nesse caso também.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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