Rixa de Valente e Lívia empolga Amor Perfeito e deixa público em conflito

Se a trama das 18h amargou por um bom tempo capítulos medianos e sem muito apelo, o mesmo não pode ser dito agora. Os personagens secundários, especialmente, ganharam um fôlego e relevância admirável, devo dizer.

Lívia (Lucy Ramos) e Valente (Rodrigo dos Santos), por exemplo, estão em uma escalada ambiciosa que está sendo muito bem-sucedida, diga-se de passagem.

De um lado, o pai biológico querendo a oportunidade de criar o filho que foi arrancado dele de forma tão cruel. Do outro, a mãe adotiva que sempre foi sinônimo de amor, carinho e afeto.

E na cereja do bolo, o maldito Albuquerque (Beto Militani), que transforma a vida de Tobias (Davi Queiroz) e da família num verdadeiro inferno. E aí, quem merece ficar com a guarda da criança entre as duas primeiras opções? Sinceramente, não sei.

Muito provavelmente Lívia e Valente vão virar um casal e o empecilho desaparecerá, mas até lá, o arco dos dois provoca discussão, deixa o público pensativo e interessado. Ponto positivo para o trabalho de atuação e dos roteiristas.

No entanto, me questiono se essa demora em dar para esses personagens a atenção merecida não foi um trunfo descartado que poderia ter transformado "Amor Perfeito" num grande hit.

O ibope claramente não foi um problema para a novela. Mas cada vez mais próximo desfecho, a sensação é de que o público praticamente precisou lutar para finalmente encontrar a trama perfeita. Podia ter sido diferente. Já diria a Pitty, 'não deixe nada para depois'... Fica a dica para os que vêm por aí ainda.