Cacau Protásio: 'Elenco tá indignado com essa conversa fiada'
De Splash, em São Paulo
25/08/2023 13h59
Cacau Protásio, 48, se pronunciou mais uma vez sobre a demissão de André Gabeh, 48, agora ex-roteirista do "Vai Que Cola" (Multishow e Globo). Gabeh foi demitido no último dia 7 e, segundo reportagem da Folha de S.Paulo, seu desligamento aconteceu após pedido do elenco.
A atriz disse que está sendo atacada em sua perfil no Instagram. "Chega, acabou! Eu não vou aceitar que venham na minha página me agredir", disse em vídeo.
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Eu não demiti ninguém, eu não tenho esse poder, eu não tenho por que gostar ou não gostar da pessoa, eu não conheço, eu não convivo, eu não tenho por que odiar ou amar, eu nunca vi.
Sem citar nomes, Cacau disse que Gabeh nunca foi ao programa. "A gente não tem uma relação [...] Quando a gente recebe os textos, não vem escrito quem escreveu. Para vocês saberem, uma vez a pessoa foi no programa, entrou por trás, saiu por trás e não falou com o elenco, então não é a gente que não gosta, né?"
A atriz disse não ser dona da Globo, e questionou. "A produtora tem vários outros projetos, ele é maravilhoso, por que a produtora não botou ele em outro projeto?"
Cacau diz que aconteceu um "erro de comunicação", já que, segundo ela, o elenco não falava diretamente com os roteiristas. Os comentários do elenco aos roteiristas eram intermediados por uma pessoa. "Então a gente não sabe como é que chega e como é que vai."
Eu estou aqui me defendendo, sim, defendendo o elenco, porque a gente tá indignado com essa conversa fiada. Ele é uma isca de piranha, que tá ali no meio, e aí tá falando, o elenco me odeia. A gente não tem como odiar uma pessoa que a gente não fala, uma pessoa que a gente não convive. Cacau Protásio
Mais uma vez, a artista ressaltou que nunca teve contato com Gabeh, e pediu o fim dos ataques. "Todo mundo que me conhece sabe quem eu sou."
Ele é preto, eu sou preta. Ele veio de periferia, eu também vim. Eu suei muito para chegar onde eu cheguei [...] Acredito no trabalho dele, ele é bom, maravilhoso, mas a culpa não é minha
Entenda
De acordo com a Folha de S.Paulo, os atores teriam pedido a demissão do ex-BBB André Gabeh do time de escritores do Vai Que Cola. "A implicância ou perseguição, por parte do elenco, com o autor, não é de hoje", diz um trecho do texto publicado pelo jornal.
O ex-roteirista André Gabeh declarou: "Sou grato ao Canal Multishow e a Fábrica pela oportunidade do contrato [...], mas apesar dos elogios que me faziam, o elenco do programa não estava satisfeito com o que eu escrevia", escreveu Gabeh em uma publicação no Facebook.
O também ex-roteirista Daniel Porto reiterou as críticas feitas anonimamente na carta enviada à Folha: "O preço que paguei foi caro: um burnout digno de uma internação psiquiátrica, depressão e crise de ansiedade como presente pelo assédio moral que era feito diariamente pelos atores e equipe de criação aos roteiristas", escreveu Daniel no LinkedIn.
Daniel diz que os atores diziam na véspera que não iam gravar. "Enquanto seus salários gordos caiam na conta sem a menor preocupação e respeito com o trabalho alheio. O desdém e o assédio moral com nossos textos era diário e na nossa cara. Era direto, ofensivo e cruel".
Todo mundo sabia, a estrutura inteira do programa sabia e nós ficávamos vendidos tentando nos defender da maneira que nos cabia. Os nomes citados na carta são poucos. TODOS DO ELENCO, DIGO, TODOS DO ELENCO tinham comportamento TÓXICO conosco, em maior ou menor grau. Daniel Porto
O elenco do Vai que Cola tem como nomes Cacau Protásio, Catarina Abdalla, Marcus Majella, Samantha Schmutz, entre outros.
Splash entrou em contato com o Multishow, que disse estar acompanhando atentamente o caso. Leia a nota na íntegra:
O Multishow está acompanhando atentamente o caso de roteiristas do Vai Que Cola que vieram a público relatar problemas de relacionamento com colegas de equipe e com o elenco do programa. Desde que tomaram conhecimento da situação, a produtora Fábrica, responsável pela produção, e as equipes da Globo responsáveis pelo conteúdo deram início a um processo de escuta com as lideranças criativas do programa, com o elenco e com os profissionais que relataram supostas situações de abuso. O Código de Ética da Globo estabelece que situações de discriminação e assédio não são toleradas. Quando denúncias desta natureza chegam ao conhecimento do canal, elas são devidamente apuradas e, conforme o caso, são feitos ajustes de processos e outras medidas corretivas.
Essa não é a primeira vez que o humorístico se vê envolvido em uma polêmica. Em 2019, de acordo com o colunista Leo Dias, Samantha Schmütz e Marcus Majella protagonizaram uma briga nos bastidores. Majella teria, inclusive, jogado um objeto na direção de Samantha e quase a acertado. À época, no entanto, os dois negaram qualquer tipo de agressão física.