CPI das criptomoedas: o que os famosos envolvidos já falaram a respeito
De Splash, em São Paulo
25/08/2023 08h20Atualizada em 25/08/2023 08h20
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Pirâmides Financeiras aprovou na quarta-feira (23) a quebra de sigilo bancário dos atores Cauã Raymond e Tata Werneck e do apresentador Marcelo Tas.
Os três são investigados por atuação em propagandas da empresa Atlas Quantum, empresa acusada de aplicar golpes de R$ 7 bilhões em cerca de 200 mil investidores.
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Veja o que eles já falaram sobre:
Os advogados de Tatá Werneck, Ricardo Brajterman e Maíra Fernandes, se manifestaram em nota enviada a Splash quando a atriz foi convocada pela CPI.
"Causou grande perplexidade essa convocação, porque Tatá atuou somente como garota propaganda da Atlas, há longínquos cinco anos, ocasião em que não havia nada que desabonasse aquela empresa. Ora, se o Banco Central, a CVM, o Ministério Público, a Receita Federal e os demais Órgãos Reguladores permitiam a atividade da Atlas junto ao grande público, como poderia a Tatá, que é somente uma atriz, adivinhar que essa empresa teria alguma atividade ilegal? É óbvio que se Tatá soubesse que a Atlas viria a se envolver em algum escândalo, lesando seus consumidores, ela jamais aceitaria vincular sua imagem àquela empresa."
Já Marcelo Tas afirmou: "O que está acontecendo agora é o seguinte, chama-se a atenção de atores e de comunicadores que têm contratos feitos com essas empresas [...] Imagina se quem fez propagandas das Americanas, por exemplo, fosse intimado para ir na CPI", questionou no Jornal da Cultura (Cultura).
Eu não tenho nada a esconder. Já disse inclusive ao nobre relator que eu estou à disposição da CPI. Hoje um senhor deputado que eu não vou dar o nome pediu a quebra do sigilo bancário meu, da Tatá e do Cauã. Marcelo Tas sobre intimação por CPI das Criptomoedas e quebra de sigilo bancário
O apresentador se referia ao deputado Paulo Bilynskyi (PL-SP), responsável por pedir a convocação nos três na condição de investigados e a quebra de sigilo.
Sobre a quebra de sigilo, Tas demonstra a mesma disposição. "Eu, depois de 40 anos de trabalho, até acho legal olhar o que eu ganhei depois disso tudo. Eu não tenho nada a esconder, quero dizer isso para a CPI."
Ainda assim, ele sugeriu que os atos podem ter como objetivo, em sua opinião, esconder outros acontecimentos recentes. "O partido desse deputado, tanto que me intimou quanto que pediu a quebra do sigilo, adivinha de qual partido que ele é, Vera [Magalhães]? Duas letrinhas", sugeriu.
"Do PL", prosseguiu. "Não estou acusando o deputado de querer esconder coisas do Bolsonaro, mas é do partido do ex-presidente."
Cauã Reymond ainda não se pronunciou sobre o caso. Splash tenta contato com a defesa do artista.
O que aconteceu?
Tatá Werneck, Cauã Reymond e Marcelo Tas fizeram propaganda para a empresa Atlas Quantum, acusada de aplicar golpes de mais de R$ 7 bilhões, lesando cerca de 200 mil investidores — e o próprio Marcelo Tas foi um deles.
Enquanto a empresa ainda operava, Tatá, Cauã e Tas participaram de campanhas publicitárias. Já Marcelo Tas fez uma entrevista patrocinada com os donos da empresa em questão.
Diversos vídeos com Cauã e Tatá ainda estão disponíveis na página da Atlas Quantum no Facebook. Nas peças, os dois dão depoimentos falando por que acreditavam na empresa e no investimento em criptomoedas.
"Eu acho que as pessoas vão perceber que é um percurso natural, que elas precisam começar a ter maior controle sobre os seus gastos", diz Tatá. "Eu fiquei interessada por ter o domínio sobre algo que eu luto tanto e sempre lutei tanto para conseguir."
Tatá e Cauã ainda se uniram a um time de influenciadores para o chamado "Desafio Investidores", um evento transmitido ao vivo nas plataformas digitais para divulgar a empresa e os seus serviços.
"Eu acho que as criptomoedas estão aí e a gente precisa olhar para elas", diz Cauã. "Tenho alguns amigos que estão investindo e eles estão muito felizes."