Felipe Neto diz que Lula cometeu 'erro imperdoável e inexplicável'
Colaboração para Splash, em São Paulo
26/08/2023 16h56
Felipe Neto disse que o "maior erro" cometido pelo presidente Lula (PT) em seu terceiro mandato, até o momento, foi indicar o advogado Cristiano Zanin para o STF (Supremo Tribunal Federal).
O influenciador afirmou que não se arrepende de ter apoiado Lula nas eleições de 2022, mas destacou que a escolha de Zanin para a Corte foi um "erro imperdoável, inexplicável e inaceitável".
Segundo Felipe Neto, graças ao petista, agora o Supremo tem três ministros "ultraconservadores" — além de Zanin, os outros ministros conservadores apontados pelo famoso são Kassio Nunes Marques e André Mendonça, que foram nomeados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Felipe Neto criticou as posições conservadoras adotadas por Cristiano Zanin no Supremo. Entre outros, o ministro votou contra a descriminalização do uso da maconha, manteve condenação po bens avaliados em R$ 100 e foi contra equiparar o crime de homofobia e transfobia ao de injúria racial.
Zanin também votou contra ação de indígenas que denunciam violência policial no Mato Grosso do Sul — o voto dele foi vencido pela maioria dos ministros. Felipe Neto disse que essa posição do ministro é "abominável" e "inacreditável".
Indicação ao STF
Cristiano Zanin chegou ao Supremo em 3 de agosto por indicação de Lula, o advogado obteve a anulação dos processos contra o petista na Lava Jato.
A escolha de Zanin — o primeiro de um total de duas indicações que Lula poderá fazer em seu terceiro mandato — foi criticada não só pela proximidade com o petista, mas também por ele ser considerado uma incógnita: sua até então discreta atuação profissional, majoritariamente em defesa de interesses empresariais, pouco revelava sobre as convicções do futuro ministro do Supremo e a leitura que ele faria do texto constitucional.
Outros, especialmente na esquerda, apontaram ainda que a nomeação dele ignorou demandas da sociedade civil por maior representatividade em um Judiciário predominantemente branco e masculino — demandas essas que ganharam novo fôlego ante decisões do ministro tidas como conservadoras, especialmente em temas de costumes.