Felipe Neto diz que Lula cometeu 'erro imperdoável e inexplicável'
Felipe Neto disse que o "maior erro" cometido pelo presidente Lula (PT) em seu terceiro mandato, até o momento, foi indicar o advogado Cristiano Zanin para o STF (Supremo Tribunal Federal).
O influenciador afirmou que não se arrepende de ter apoiado Lula nas eleições de 2022, mas destacou que a escolha de Zanin para a Corte foi um "erro imperdoável, inexplicável e inaceitável".
Segundo Felipe Neto, graças ao petista, agora o Supremo tem três ministros "ultraconservadores" — além de Zanin, os outros ministros conservadores apontados pelo famoso são Kassio Nunes Marques e André Mendonça, que foram nomeados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Felipe Neto criticou as posições conservadoras adotadas por Cristiano Zanin no Supremo. Entre outros, o ministro votou contra a descriminalização do uso da maconha, manteve condenação po bens avaliados em R$ 100 e foi contra equiparar o crime de homofobia e transfobia ao de injúria racial.
Zanin também votou contra ação de indígenas que denunciam violência policial no Mato Grosso do Sul — o voto dele foi vencido pela maioria dos ministros. Felipe Neto disse que essa posição do ministro é "abominável" e "inacreditável".
É isso aí. O Lula colocou um Ministro que pensa igual ao André Mendonça e Kássio Nunes pra ficar quase 3 décadas no STF.
-- Felipe Neto 🦉 (@felipeneto) August 26, 2023
Mais um voto abominável que foi derrotado pela maioria.
Só ele, Mendonça e Marques votaram contra os indígenas.
É inacreditável.https://t.co/zLFLKhYZiR pic.twitter.com/tkf5E3CSGG
Teremos 27 anos deste sujeito no STF.
-- Felipe Neto 🦉 (@felipeneto) August 24, 2023
Defenderei o voto no Lula em 2022 até a morte, mas classifico esse como seu maior erro até agora.
Imperdoável, inexplicável e inaceitável.
Temos agora 3 ministros ultra-conservadores na Corte. pic.twitter.com/SPql8GNOrn
Indicação ao STF
Cristiano Zanin chegou ao Supremo em 3 de agosto por indicação de Lula, o advogado obteve a anulação dos processos contra o petista na Lava Jato.
A escolha de Zanin — o primeiro de um total de duas indicações que Lula poderá fazer em seu terceiro mandato — foi criticada não só pela proximidade com o petista, mas também por ele ser considerado uma incógnita: sua até então discreta atuação profissional, majoritariamente em defesa de interesses empresariais, pouco revelava sobre as convicções do futuro ministro do Supremo e a leitura que ele faria do texto constitucional.
Outros, especialmente na esquerda, apontaram ainda que a nomeação dele ignorou demandas da sociedade civil por maior representatividade em um Judiciário predominantemente branco e masculino — demandas essas que ganharam novo fôlego ante decisões do ministro tidas como conservadoras, especialmente em temas de costumes.
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