Da internação ao transplante: o que aconteceu com Faustão?
Fausto Silva, 73, recebeu um novo coração na tarde de ontem. O apresentador foi internado no início do mês com insuficiência cardíaca.
Veja como foi o mês de Faustão:
Internação
Faustão foi internado em 5 de agosto, com insuficiência cardíaca, no Hospital Israelista Albert Einstein. A informação só foi divulgada em 17 de agosto, após 12 dias de internação.
Em 2021, durante seu período na Globo, Faustão fora internado para tratar um edema linfático. Ele passou internações de rotina para combater a má circulação nos vasos linfáticos, que leva ao acúmulo de líquidos devido a alguma insuficiência no organismo. No mesmo ano, enfrentou uma infecção urinária que resultou em outra hospitalização.
"Peço que rezem por mim"
No dia 19, Faustão apareceu em vídeo e pediu energia positiva aos fãs. "Estou em tratamento. Peço que rezem por mim. Agora, tenho muita noção da família maravilhosa que tenho, uma mulher maravilhosa. E quem decide é o chefe lá de cima", disse o apresentador.
Entrada na fila do transplante
No dia 20, Faustão recebeu indicação médica para transplante cardíaco. Na ocasião, o boletim médico divulgado pelo Hospital Albert Einstein informou que o apresentador estava em diálise e necessitando de medicamentos para ajudar na força de bombeamento do coração.
Cirurgia
Em uma semana, Faustão recebeu o novo coração. Segundo o Einstein, a Central de Transplantes do Estado de São Paulo contatou o hospital na madrugada deste domingo (27) para informar sobre o coração para ser transplantado no apresentador.
Após a avaliação de compatibilidade do órgão, a cirurgia foi realizada e durou cerca de 2h30.
O procedimento foi realizado com sucesso e Fausto Silva permanece na UTI, pois as próximas horas são importantes para acompanhamento da adaptação do órgão e controle de rejeição, Hospital Albert Einstein.
Prioridade
O quadro de saúde de Faustão o colocava como prioridade na fila de transplantes. A Central de Transplantes do Estado de São Paulo explicou que ele ocupava o segundo lugar na fila de espera por um coração.
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Quero receber"A seleção gerada para a oferta do coração deste receptor, através do sistema informatizado de gerenciamento do sistema estadual de transplantes, trouxe 12 pacientes que atendiam aos requisitos. Destes, quatro estavam priorizados, sendo que o paciente ocupava a segunda posição nesta seleção."
Ainda, segundo a Central de Transplantes, a equipe transplantadora do paciente que ocupava a primeira posição decidiu pela recusa do órgão e, desta forma, a oferta seguiu para o segundo paciente, que era o apresentador.
Nota do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde emitiu nota após o transplante de Faustão, explicando porque o apresentador teve prioridade para transplante devido à gravidade de seu caso.
Segundo a pasta, entre os dias 19 e 26 de agosto 11 pessoas passaram por transplantes de coração no país, sendo que sete foram em São Paulo, estado que concentra o maior número de transplantes no Brasil.
Em relação ao apresentador, que foi operado hoje, a Saúde destacou que Faustão se adequava nos quesitos de prioridade para ser transplantado "em razão de seu estado muito grave". "Ele recebeu um coração após constatada a compatibilidade necessária para o procedimento, assim como os outros sete transplantados", diz o ministério.
O Ministério da Saúde também afirmou que a lista de espera para transplantes é a mesma tanto na rede pública quanto na privada. A ordem de preferência obedece a critérios técnicos, em que tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios de gravidade distintos para cada órgão determinam a ordem de pacientes a serem transplantados.
"Quando os critérios técnicos são semelhantes, a ordem cronológica de cadastro, ou seja, a ordem de chegada, funciona como critério de desempate. Pacientes em estado crítico são atendidos com prioridade, em razão de sua condição clínica", destacou. "Os pacientes, por meio do SUS, recebem assistência integral, equânime, universal e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante."
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