Angela Ro Ro sobre homofobia: 'Risco de ser apedrejada e crucificada'
Angela Ro Ro, 73, em entrevista ao Gshow:
Dia Nacional da Visibilidade Lésbica: "Não é dia para comemorar, mas, sim, ficar atento para os direitos humanos, para o respeito, para que as pessoas possam ter suas vidas em paz, sem serem molestadas ou agredidas, seja por qual razão for. A vida tem que ser respeitada. Se eu represento algo que conduza aos direitos humanos, ao respeito à vida, me sinto muito honrada."
Carreira e impactos: "Desde o começo sabia que as minhas músicas iam agradar pelo menos uma parte de plateia, mas também sabia que corria o risco de ser apedrejada e crucificada. Sim, fui apedrejada, se bobear continuo sendo. Infelizmente, ainda existem as pessoas de mente estreita e de preconceitos contra tudo."
Suporte dos pais: "Se pudesse voltar no tempo, faria o mesmo e seria a mesma pessoa, com a mesma atitude espontânea. Porque meu pai e minha mãe me criaram para ter orgulho de quem eu sou. Meus pais nunca me censuraram, sempre me admiraram e me respeitaram."
Homofobia: "O olhar de homofóbicos ou pessoas interessadas em promover escândalos, oportunistas e fofocas me atingiram fisicamente e prejudicaram durante pouco tempo a minha carreira, mas não atingiram a minha dignidade, não me atingiram na alma ou na minha psique, porque eu tenho como alicerce o amor dos meus pais e o respeito deles, que seguem me cobrindo com um manto de proteção."
Luta contra o preconceito: "As pessoas que são ruins permanecem ruins. Os fascistas, racistas, homofóbicas, cruéis, covardes vão continuar sendo do mal. Um exemplo é que, na era da internet, os covardes se sentem mais à vontade para ofender o outro porque têm a garantia do anonimato. Nossa luta tem que ser armada pela paz. A paz é o instrumento e a salvação. A paz, o amor e a compreensão."
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