Agatha assume vilania com rastro de furos e clichês irresistíveis

Eliane Giardini, entenda: você é tudo! Não tem como começar esse texto sem exaltar a maestria da atriz para dar vida à personagem Agatha em "Terra e Paixão". Especialmente depois do capítulo desta terça-feira (29), em que a ex-detenta esfregou na cara do público que vai infernizar a vida de todos em Nova Primavera.

Nem era novidade depois de tantos spoilers e outras evidências dadas pela personagem, mas a virada de chave com Agatha feliz da vida depois de fazer Antônio (Tony Ramos) engolir todas suas mentiras? é pra ficar marcado na história!

A trilha sonora, o olhar maléfico e a linguagem corporal mostram que a direção de "Terra e Paixão" não estava pra brincadeira. E o público, mais uma vez, comprou a briga da vilã. Não que ele vá torcer por Agatha, mas definitivamente está disposto a acompanhá-la diariamente fielmente.

Mas como nem tudo são flores, não dá pra negar que quanto mais a ex-detenta expõe os mistérios de seu passado, mais furos ficam na trama. A própria história em que ela revela como enganou a todos que estava morta é osso duro de roer, né?! Medicada, enterrada e resgatada pelo médico.

Depois Agatha diz que viveu os mesmo abusos nas mãos de Evandro (Rafael Cardoso), que segundo ela, era de uma família rica e poderosa. Pois bem, então por que Caio (Cauã Reymond) e seu advogado nunca encontraram nenhum rastro sobre? Ela supostamente assassina o médico, é presa, mantém o próprio CPF e isso nunca chegou até Antônio?

Inclusive, o rei da soja que paga de durão e esperto, caiu feito um patinho na história que a vilã é inocente do crime pelo qual foi presa. Se olhar nos detalhes, muitas outras questões vão aparecer, frutos de uma trama que não é tão coesa e ainda recalcula sua rota rumo ao ibope grandioso.

Não à toa, Walcyr Carrasco segue acelerando os capítulos para empolgar cada vez mais o telespectador. No caminho ficam esses buracos e a gente na torcida que eles sejam preenchidos. Ao mesmo tempo, quem questiona muito, não voa junto com a história. Então, segue o baile.

Opinião

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