Fuzuê pega pesado para convencer público sobre o mistério de Navalha
Gustavo Reiz, eu vi o que você fez aqui, viu?! Mais rápido do que eu pensava, o autor de "Fuzuê" já me fez pagar a língua. Eu cheguei a citar por aqui que, provavelmente, o maior defeito da trama das 19h era apostar na caçada ao tesouro, e consequentemente tudo que envolvia o desaparecimento de Maria Navalha (Olívia Araújo).
E para falar a verdade, ainda acho esse tipo de trama um tanto quanto lúdica demais e com grande potencial para dar errado. Ter furos, ficar tediosa ou até mentirosa demais? Particularmente não me arriscaria.
Reiz, por outro lado, se jogou de cabeça e tem mandado muito bem, diga-se de passagem. O autor está focado na principal missão de uma novela: fazer com que o público crie vínculos com seus personagens.
Em doses homeopáticas, ele tem apresentado quem é a mãe da protagonista Luna (Giovana Cordeiro), e sendo bem esperto em cada camada que é introduzida no momento ideal. Maria Navalha se tornou um poço de incertezas e desperta a curiosidade de quem a assiste. Não se sabe se ela é egoísta, se caiu numa armadilha, se é vítima ou mau caráter.
Mas no capítulo desta terça-feira (29), o público confirmou que não há dúvidas sobre o amor dela pela filha. De uma delicadeza e tanta, "Fuzuê" mostrou como Navalha se fazia presente e não deixou a ausência paterna afetar no crescimento de Luna.
E aí não tem saída, você compra a história, se apega e dá até vontade de sair na rua colando cartazes à procura da personagem também. O que parecia tão distante e surreal em nossa realidade, de repente é muito palpável e crível. Quem não embarcou nessa aventura ainda tá doido ou sem coração.
Deixe seu comentário