OpiniãoFuzuê

Fuzuê dificulta a vida do público com vilões irresistíveis

Para mim já é um fato, vivemos a era dos vilões na dramaturgia brasileira! "Terra e Paixão" puxa o bonde com o maior número de personagens mau caráter e "Fuzuê" vem logo atrás. A sorte de Miguel (Nicolas Prattes) e Luna (Giovana Cordeiro) é não faltar carisma e uma boa história para eles, pois do contrário eles passariam um verdadeiro aperto.

Começando pela grata surpresa que é Marina Ruy Barbosa vivendo sua primeira vilã. Com um texto afiado e divertido, que vez ou outra apresenta camadas dramáticas bem interessantes, Preciosa atrai os holofotes para si e todos à sua volta.

Não à toa, já tem gente por aí caindo de amores pela relação dela com o marido Heitor (Felipe Simas). Os dois atores estão provando que a segunda vez realmente é ainda melhor, já que a química deles realmente é invejável.

No pano de fundo, Olívia (Jéssica Córes), Francisco (Michel Joelsas) e o recém-chegado Rui (Pedro Carvalho) estão crescendo na trama e chamando atenção. Pensando no que conhecemos como um "vilão tradicional", o irmão de Miguel talvez tenha motivações mais perigosas que Preciosa, por exemplo.

O Merreca, interpretado por Ruan Aguiar, também merece uma menção honrosa, já que até o mais corajoso pensaria duas vezes antes de enfrentá-lo. Nesse ninho de cobras, o único que não mostrou ainda a que veio é Pascoal (Juliano Cazarré).

A formalidade que cerca o personagem é tanta que ele não desperta nada no público. Se a ideia é se mostrar um grande espertão, nós só estamos vendo um pau mandado mesmo. Tempo para virar o jogo ele tem, mas a competição não está nada fácil.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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