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Tatá Werneck: Justiça ordena que empresa de criptomoedas remova propagandas

Após ter a quebra de sigilo bancário determinada pela CPI das Pirâmides Financeiras, Tatá Werneck conseguiu uma liminar determinando que as propagandas que fez para a Atlas Quantum sejam removidas do ar. A informação foi confirmada por Splash.

A Justiça do Rio de Janeiro determinou que o Facebook e a Atlas Quantum, acusada de aplicar golpes de R$ 7 bilhões em cerca de 200 mil investidores, retirem do ar os vídeos em que Tatá Werneck aparece fazendo propagandas para a empresa de criptomoedas. Os comerciais estão disponíveis na rede social até o momento desta publicação.

De acordo com determinação da última terça-feira (29), e publicada no Diário da Justiça Eletrônico, a empresa tem 5 dias para remover de seu perfil no Facebook qualquer "imagem, nome ou voz" da humorista, sob pena de multa diária fixada em R$ 1 mil.

O que aconteceu?

Tatá Werneck, Cauã Reymond e Marcelo Tas foram convocados pela CPI das Pirâmides Financeiras, também conhecida como CPI das Criptomoedas, pelo envolvimento com a empresa Atlas Quantum. Os dois primeiros participaram de campanhas publicitárias, enquanto o último realizou uma entrevista paga com os donos.

Nas peças protagonizadas por Cauã e Tatá, os dois dão depoimentos falando por que acreditavam na empresa e no investimento em criptomoedas.

"Eu acho que as pessoas vão perceber que é um percurso natural, que elas precisam começar a ter maior controle sobre os seus gastos", diz Tatá. "Eu fiquei interessada por ter o domínio sobre algo que eu luto tanto e sempre lutei tanto para conseguir."

Tatá e Cauã ainda se uniram a um time de influenciadores para o chamado "Desafio Investidores", um evento transmitido ao vivo nas plataformas digitais para divulgar a empresa e os seus serviços.

"Eu acho que as criptomoedas estão aí e a gente precisa olhar para elas", diz Cauã. "Tenho alguns amigos que estão investindo e eles estão muito felizes."

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O que é a CPI das Pirâmides Financeiras?

A Comissão Parlamentar de Inquérito pretende apurar crimes de lavagem de dinheiro por via do mercado das criptomoedas. Ao todo, foram 11 empresas identificadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que teriam realizado operações fraudulentas por este meio.

A CPI foi proposta pelo deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) e aprovada no Plenário em 17 de maio deste ano, sendo instalada na Câmara dos Deputados no dia 13 de junho.

As empresas investigadas são acusadas de terem divulgado falsas promessas de rentabilidade e desenvolvimento de projetos, visando atrair investidores e sustentar pirâmides financeiras. Recentemente, a agência de viagens 123milhas virou alvo da comissão, que convocou os donos para prestar esclarecimentos sobre o cancelamento de pacotes e passagens.

Em um prazo de 120 dias, prorrogável por até 60 dias, a CPI deverá concluir as investigações. Segundo o portal da Câmara dos Deputados, a comissão tem poderes de inquirir testemunhas, ouvir suspeitos, prender e quebrar sigilo bancário, fiscal e de dados, desde que não torne os mesmos públicos.

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