Cabrini: 'Vi que não tinha salvação, sabia que anunciaria a morte do Senna'
O jornalista Roberto Cabrini repassa sua carreira como convidado da próxima edição do quadro Record 70 Anos, do Domingo Espetacular.
Cabrini relembra no programa os grandes momentos de sua trajetória e abre uma exceção para revelar, na televisão, o repórter que existe por trás das câmeras: a família, hobbies e histórias que poucos conhecem.
No depoimento, ele fala do início da carreira aos 16 anos, numa rádio do interior paulista, dos motivos que o fizeram abandonar a cobertura de Fórmula 1, episódios em que escapou da morte durante as seis guerras em que atuou como correspondente, e da amizade co Ayrton Senna e Pelé.
Sobre o piloto, Cabrini destaca os momentos dramáticos após o trágico acidente o vitimou, há 29 anos, em Ímola, na Itália.
"Eu já tinha noção da gravidade, e quando cheguei ao hospital — fui um dos primeiros jornalistas a chegar — percebi, pelo comportamento dos médicos, que não tinha salvação. Eu sabia que iria anunciar a morte de Ayrton Senna. Eu estava abalado, do ponto de vista pessoal, mas eu também sabia que havia todo um país à espera das minhas informações".
Ele ainda conta como a amizade com Pelé impediu uma tragédia. Cabrini revela que costuma andar com uma foto na carteira em que havia posado, com sua família, ao lado do jogador:
"Cobrindo a guerra do Afeganistão a gente foi interceptado pelas forças do Talibã e eles fizeram toda menção de que iriam nos executar. Só não nos executaram porque, num determinado momento, lembrei que eu tinha essa foto. Quando mostrei, eles imediatamente reconheceram Pelé e viram que eu tinha uma relação com ele. O Pelé salvou minha vida. E essa não foi a única vez. Pelé abria portas, parava guerras".
Domingo Espetacular vai ao ar no domingo, às 19h30, na RecordTV
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