Faustão: o que família do apresentador diz sobre o transplante de coração
De Splash, em São Paulo
01/09/2023 14h36
Fausto Silva, 73, falou sobre o período de recuperação após receber um novo coração, no domingo (27), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. "Ontem, parecia que eu estava num dia normal na minha vida. Sentei, andei, conversei. É um absurdo poder fazer tudo isso. Só tenho a agradecer aos meus médicos e ao SUS", disse o apresentador, em trecho de conversa com o colunista de Splash Lucas Pasin.
Antes do comunicador, a mulher, Luciana Cardoso, 46, e o filho, João Guilherme, 18, compartilharam outros detalhes sobre o transplante. O ex-apresentador da Band, que vinha tratando um quadro grave de insuficiência cardíaca, foi submetido ao procedimento cerca de 20 dias após ter o nome incluído na fila nacional.
João foi o primeiro a se manifestar. Ele repostou um story no Instagram em que pedia para as pessoas se informar sobre o processo da fila de transplante. A publicação foi feita após uma série de questionamentos nas redes sociais sobre a suposta rapidez com que o famoso conseguiu um órgão compatível.
No dia seguinte, por meio das redes sociais, Luciana Cardoso veio a público explicar por que a família optou por manter a necessidade de transplante longe dos holofotes. "A princípio, achamos que preservar o quadro clínico e a necessidade do transplante seria a melhor opção. Mais uma vez, as coisas tomaram outro rumo e o transplante foi anunciado por uma rádio. Com toda transparência que nos é característica, confirmamos a notícia."
O apresentador foi incluído na lista de espera por um transplante no dia 8 de agosto, após agravamento de um quadro de insuficiência cardíaca, condição que vinha sendo acompanhada pela equipe médica desde o ano de 2020. A necessidade de um novo coração, no entanto, só veio à público no dia 20, por meio de um boletim médico.
"Desde o primeiro dia de internação de emergência já sabíamos da necessidade do transplante. Depois dos exames do painel de anticorpos e outros detalhes médicos, Fausto foi incluído na lista no dia 8 de agosto", explicou a mulher do apresentador, nas redes sociais.
João Silva voltou a falar sobre a recuperação do pai, na terça-feira (30), por meio de entrevista ao colunista Lucas Pasin. "Meu pai está ótimo. A recuperação tem sido impecável", disse João, que segue os mesmos caminhos profissionais de Faustão e ganhará um programa na Band a partir de outubro.
O que aconteceu:
O apresentador deu entrada no Albert Einstein no dia 5 de agosto para tratamento de um quadro de insuficiência cardíaca, condição que vinha sendo acompanhada pela equipe médica desde o ano de 2020.
Diante do agravamento da doença, ele foi incluído na lista de espera por um transplante no dia 8 de agosto. A informação, no entanto, só veio à público no dia 20, por meio de um boletim médico.
"Ele encontra-se sob cuidados intensivos e, em virtude do agravamento do quadro, há indicação para transplante cardíaco. O paciente está em diálise e necessitando de medicamentos para ajudar na força de bombeamento do coração", informou o documento.
O comunicador recebeu o novo coração no domingo (27), em cirurgia realizada sem intercorrências. Na terça-feira (29), Fausto foi extubado, estava consciente, conversando e com boa função do novo órgão.
Como funciona a fila:
A fila é única e controlada pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Pacientes das redes pública e privada estão sujeitos aos mesmos critérios técnicos, que consideram tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, genética e gravidade — que varia de acordo com cada órgão. Quando há empate, a ordem de chegada funciona como um critério de desempate.
"Os pacientes mais críticos, em situações mais graves, têm o direito de serem transplantados antes de pacientes menos críticos. O sistema faz esse ranqueamento de acordo com a gravidade da situação do paciente.", explica a coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes.
Critérios de gravidade. "No transplante cardíaco, por exemplo, o critério de prioridade número um é aquele paciente que foi transplantado e que o órgão não funcionou. Esse paciente passa na frente de qualquer outro paciente em lista. Esse é o primeiro critério de gravidade", completa a médica.
Os dados inseridos na fila não identificam quem são os pacientes de meio particular ou da rede pública.
Mais de 90% das cirurgias são feitas pelo SUS, mas pacientes que quiserem podem realizar o procedimento na rede particular, com seu médico de preferência. Independentemente da escolha, a captação do órgão continua sendo feita pela rede pública.
A doação de alguns órgãos pode ser feita por um doador vivo, mas a maioria vem apenas de uma pessoa já morta. Neste caso, a família do possível doador deve autorizar o procedimento.