Justiça mantém prisão de acusado de divulgar fotos da autópsia de Marília
A Justiça do Distrito Federal manteve a prisão preventiva de André Felipe de Souza Pereira Alves, acusado de divulgar fotos da autópsia de Marília Mendonça, Gabriel Diniz e Cristiano Araújo.
O juiz Max Abrahao Alves de Souza deliberou que a prisão preventiva de André segue dentro do prazo aconselhado pela Corregedoria da Justiça do Distrito Federal.
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Na segunda-feira (28), André estava preso há 134 dias. A Corregedoria aconselha que a prisão preventiva não ultrapasse 178 dias na primeira fase do procedimento do Júri.
Splash entrou em contato com a Defensoria Pública do Distrito Federal, responsável pela defesa de André, em busca de um posicionamento. A defensoria respondeu que "o processo judicial é sigiloso e que as informações devem ser fornecidas apenas pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT)".
Robson Cunha, advogado da família de Marília, comentou a decisão: "Da nossa parte, acreditamos na justiça e que sirva de exemplo para a sociedade", disse a Splash.
O caso
Em abril, fotos da autópsia de Marília, exclusivas do inquérito policial, vazaram em grupos de WhatsApp. Na mesma semana, a PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal) prendeu o suspeito por divulgar as imagens, morador de Santa Maria, no DF.
No interrogatório, André confessou que divulgou o conteúdo criminoso no Twitter — a rede social também teve de suspender o perfil do acusado, e fez isso com atraso de duas semanas.
No mesmo mês, o MPDFT (Ministério Público do Distrito Federal e Territórios) denunciou o suspeito, e ele se tornou réu em maio. Além do crime de vilipêndio a cadáver, André é julgado por crimes contra o sentimento religioso e contra o respeito aos mortos, crimes contra a incolumidade pública e atentado contra a segurança de serviços de utilidade pública, etc.
Ele também responde por uso de documento falso, crimes de preconceito e intolerância racial, de cor e/ou etnia — no perfil do Twitter em que divulgou as fotos de Marília Mendonça, ele também fazia publicações racistas e apologia ao nazismo.