One Piece: pirata da Netflix caça tesouro quase com 'jeitinho brasileiro'

Mangá mais vendido do mundo, "One Piece" ganha uma série audiovisual da Netflix. O live-action, que chegou à plataforma de streaming, narra a saga de Monkey D. Luffy, um jovem pirata que usa um chapéu de palha e tem o sonho de se tornar o rei dos piratas. O protagonista tem sotaque latino e é interpretado pelo mexicano Iñaki Godoy.

Engraçado e atrapalhado, Luffy sai do próprio vilarejo para a perigosa jornada em busca do lendário tesouro One Piece. Ele foi deixado por Gold Roger, rei dos piratas, morto em praça pública. É esse, aliás, o ponto de partida da produção da Netflix. "Vão para o mar, meu tesouro é de quem encontrar", diz ele antes de morrer, anunciando uma caça ao tesouro global.

Todos os piratas do mundo inteiro saem atrás de One Piece, que ninguém sabe direito o que é de fato. Luffy, o protagonista da história, é um deles. Sem rumo, o homem-borracha encara o alto mar apenas com seu sonho e carisma. Enfrenta os desafios sempre dando um jeitinho, quase como um brasileiro, improvisando soluções para grandes perrengues. Não é à toa que o criador do mangá, o japonês Eiichiro Oda, escreveu em uma edição de 2009 que Luffy seria brasileiro se tivesse uma nacionalidade.

Seu corpo elástico ajuda muito a superar os percalços na trajetória para o Grand Line, faixa do oceano conhecida pelas águas de difícil navegação e povoada pelos mais temidos corsários e criaturas fantásticas. Luffy adquiriu essa forma de homem-borracha após comer a "fruta do diabo" ainda quando criança — época em que já tinha o sonho de ser um importante pirata.

Cena do live-action de "One Piece", disponível na Netflix
Cena do live-action de "One Piece", disponível na Netflix Imagem: Divulgação/Netflix

Produzido desde 1996 por Oda, o mangá conta com 106 volumes, enquanto o anime para a TV ultrapassa a marca de 1.000 episódios. A série da Netflix, claro, não pretende esgotar toda essa história. Ao longo de oito episódios, a produção foca na primeira parte de todas, a Saga de East Blue. Oda, que também assina a produção executiva, pediu para que as origens dos personagens e seus poderes não fossem alterados.

A primeira temporada mostra que para chegar até o tesouro perdido e virar o rei dos piratas, Luffy tem que reunir uma tripulação de peso e encontrar um navio para chamar de seu, o Going Merry, e esquadrinhar cada centímetro do mar em um mundo fictício — não há menções geográficas reais. É aí que se forma o grupo dos piratas do chapéu de palha: Luffy, Roronoa Zoro (Mackenyu), Nami (Emily Rudd), Usopp (Jacob Romero) e Sanji (Taz Skylar)

Também traz mensagens sobre correr atrás dos sonhos, trabalho em equipe e liberdade, além de outros temas atuais, como opressão dos governos, controle e inseguranças pessoais. "É tudo sobre liberdade", diz Luffy logo no primeiro episódio. Matt Owens e Steven Maeda assinam o roteiro.

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Navio pirata no Brasil?

Para promover o live-action no Brasil, a Netflix montou uma réplica do navio Going Merry na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. A cidade é a única a receber a ação interativa da plataforma de streaming, conforme diz a assessoria durante evento de lançamento para jornalistas e influenciadores na última quarta (30), no Hotel Copacabana Palace. Narcisa Tamborindeguy e Zeca Pagodinho, ao lado do seu neto, foram alguns nomes que passaram por lá.

A visitação gratuita acontece até 10 de setembro, das 10h às 17h. Quinze pessoas podem acessá-lo simultaneamente. É esperado receber quase 2.000 fãs por dia, muitos fantasiados do pirata Luffy. Quem passar por lá vai poder tirar fotos com cosplayers profissionais de Luffy, entre eles Thiago Franco (TF Cosplay), especializado há 14 anos no personagem.

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