Bruno Mars arrebentando, atraso e Paolla: o que rolou no 2º dia do The Town
De Splash, em São Paulo
04/09/2023 00h55
A primeira parte do The Town está encerrada. O domingo do festival realizado no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, teve Luísa Souza duas vezes, bom público para Matuê, confusão com shows simultâneos, atrasos, Paolla e Diogo atraindo olhares e o genial Bruno Mars.
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Atraso e mix de sons
O segundo dia do The Town começou com um atraso considerável, o que fez coincidirem parte dos shows de Luísa Sonza e Matuê.
O cantor subiria ao palco The One às 15h, porém entrou com um atraso de 40 minutos. Isso causou tumulto e interferência sonora no caminho de cerca de 10 minutos para o show de Luísa Sonza, no palco Skyline.
Luísa começou sua apresentação com 20 minutos de atraso, às 16h25. Mesmo assim, ainda faltavam 4 músicas para o fim da apresentação de Matuê. Nesse intervalo, a área entre os dois palcos virou uma bagunça sonora em que não se conseguia entender nem o rap dele, nem os agudos dela.
O mapa do festival, com palcos mais próximos em relação ao Lollapalooza, tem o bônus de facilitar a locomoção do público no Autódromo de Interlagos — mas só se todos os shows acontecerem no horário previsto.
As versões do atraso
Matuê explicou que outra banda atrasou a passagem de som e a equipe do festival optou por começar a apresentação mais tarde.
A assessoria do festival, por outro lado, deu outra explicação em contato com Splash. A equipe negou que o atraso foi em relação com passagem de som de outra banda, mas sim "problemas técnicos".
Gente, é a Paolla e o Diogo!
Paolla Oliveira, 41 e Diogo Nogueira, 42, abusaram da transparência em seus looks e causaram alvoroço no espaço VIP. O espaço literalmente parou com a chegada da dupla.
O casa contou o que acontece na hora de escolher a roupa. "A gente não combina, mas acontece... Hoje foi sem querer. Quando a gente vai sair, ela se arruma na frente. Ela fica no espaço dela pra se trocar e eu fico no meu espaço e aí quando a gente se encontra, está os dois praticamente parecidos."
Bruninho Mars
Na média das performances, o segundo dia do The Town 2023 não superou o anterior. Foram basicamente três shows de peso, mas vale ressaltar que um deles levou o festival a um nível mais elevado. Claro, é Bruno Mars no palco, um dos performers mais arrebatadores do pop recente. Com ele em ação, a frase "não deixou ninguém parado" deixa de ser um clichê e vira verdade. Um show para ficar na memória de todo mundo. Divertido, dançante, emocionante.
Como coadjuvantes desse dia, os brasileiros Alok e Luisa Sonza também se dedicaram a inebriar a plateia para fazer todo mundo dançar. Cada um de seu jeito, mostraram um arsenal sonoro para tanto. Uma curiosidade do domingo foi ver Interlagos ficar mais cheio desde a abertura dos portões. Muito deve ser atribuído à escalação de Luísa Sonza para o primeiro show do palco principal, às quatro da tarde. Isso baixou o horário de entrada do público.
Às 14h, as filas para entrar no autódromo eram muito maiores do que no mesmo horário no sábado. Quem se beneficiou disso foi Matuê e seu rap de influências nordestinas. Primeiro show do dia, no palco The One, teve à frente uma plateia bem parruda, com poucos espaços vazios. Na parte final de seu show, o público diminui muito, com a fluência na direção do palco Skyline, onde Luisa Sonza cantaria.
Mas o rapper soube aproveitar a multidão e mandou muito bem. Depois do show alucinante de Sonza, Ney Matogrosso agradou gente de todas as idades comuns repertório de grandes canções de MPB, recorrendo aos compositores que costuma gravar, como Chico Buarque, Itamar Assumpção e Rita Lee. Na sequência. Alok fez um barulho danado, para ser ouvido em todo o autódromo, mostrando inclusive duas músicas novas, uma delas que irá lançar ainda este mês com o grupo The Chainsmokers, que toca no festival na quinta, dia 7.
Aí veio um momento delicado. Nos dois palcos maiores, foram três shows seguidos de artistas de segundo escalão. Não há nada necessariamente errado nos sets de Leon Bridges e sua mistura de sons negros, de Bebe Rexha e sua opção dançante, ou de Seu Jorge e seu ecletismo na MPB. É apenas evidente que não têm relevância musical para plateias gigantes como esta do The Town.
Alok e Luisa Sonza apresentaram muito mais estofo para segurar um público desse tamanhão, deveriam ter suas apresentações mais próximas do headliner Bruno Mars. O set barulhento e envolvente de Alok teria sido um esquenta perfeito para as irresistíveis canções dançantes do cantor americano.