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Porteiro foi além da omissão de socorro, diz advogado de Victor Meyniel

O advogado Ricardo Brajterman disse no UOL News que, mesmo debilitado após o espancamento, o ator Victor Meyniel procurou a polícia sozinho.

O que causa grande perplexidade é que foi em uma portaria, que tem um porteiro. Claro que o porteiro não é um agente de segurança, qualquer pessoa ali, sem precisar ser um porteiro, teria que tentar intervir ou chamar um policial para fazer com que aquela sessão de espancamento parasse.

O mais chocante é que se o Victor não fosse uma pessoa conhecida, será que esse caso teria a repercussão que teve? A gente não cansa de ouvir toda hora: 'Brasil é o país onde mais se mata a população LGBTQIA+'.

Brajterman também contou que após o espancamento, Victor ficou no chão sem o porteiro prestar auxílio.

Quando acabou o espancamento, Victor ficou estendido, desmaiado ali no chão por um tempo. O porteiro ficou olhando praticamente como se estivesse tendo um prazer sádico em ter assistido um rapaz homossexual ser espancado.

O porteiro não faz nada, fica ali uns bons segundos parado e só retira o Victor daquela localidade para que a passagem da portaria fosse desobstruída. É um escândalo isso.

O Victor, então, todo machucado e ferido, recobrou a consciência e foi atrás de um policial. Esse policial o encaminhou à delegacia e a delegada voltou ao edifício.

Segundo o advogado, o agressor teria se apresentado como médico da aeronáutica, mas ele teria gaguejado quando a delegada disse que teria que reportar o fato ao superior.

O que aconteceu?

Victor Meyniel, 26, teria conhecido o agressor, identificado como Yuri de Moura Alexandre, em uma boate na zona sul do Rio. Para Splash, o advogado Ricardo Brajterman disse que o artista foi para a casa de Yuri —que, até o momento do ataque, havia se mostrado uma pessoa amigável.

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Victor e sua mãe, Regina Meyniel, prestaram queixa na 12ª DP e abriram um boletim de ocorrência. O ator passou por exame de delito no IML (Instituto Medico Legal) e foi atendido pela UPA, informou a defesa, em nota.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que Yuri foi conduzido para a DP de Copacabana e autuado em flagrante pelos crimes de lesão corporal, injúria por preconceito e falsidade ideológica. Os agentes também analisaram as imagens das câmeras de monitoramento do prédio e realizaram "demais diligências para elucidar os fatos".

Nas imagens das câmeras, divulgadas por Brajterman, é possível ver o porteiro, Gilmar, sentado e bebendo o que seria um copo de café, enquanto Yuri desferia uma sequência de socos em Victor.

O porteiro assiste à cena sentado em uma cadeira posicionada bem ao lado de onde Victor aparece caído no chão e Yuri está sobre ele dando socos. Gilmar não dá indícios de qualquer movimento para prestar socorro ao ator.

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