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Seguidor diz que assassino 'não quis matar' filho de Cissa, e Ingrid reage

Ingrid Guimarães repercutiu a entrevista concedida por Cissa Guimarães ao Fantástico ontem (3), sobre a determinação da Justiça do Rio de Janeiro, que mandou prender os dois condenados pelo assassinato de seu filho, Rafael Mascarenhas, em 2010, e criticou a morosidade para a execução das penas aplicadas aos réus.

Em seu perfil no Twitter, Ingrid criticou o fato de Rafael de Souza Bussamra e Roberto Bussamra terem respondido ao processo em liberdade e afirmou que o regime semiaberto "é pouco" para os dois.

"É só no Brasil mesmo que esses FDP atropelaram o filho da Cissa Guimarães e estão respondendo em liberdade! Que vergonha desse sistema judiciário! Semiaberto é pouco para eles", disse a artista.

Nos comentários, um perfil disse que Rafael Bussamra "não tinha intenção de matar" de Rafael Mascaranhas, que o homicídio foi culposo, quando não há dolo, e classificou o ocorrido como uma "fatalidade".

Ingrid Guimarães discordou do internauta e destacou o fato de Bussamra ter omitido socorro à vítima e de o pai dele te subornado dois policiais militares para tentar livrar o filho. "E não prestar ajuda à vítima? E largar o menino lá e vai subornar a polícia? Bandido", afirmou a humorista.

Cissa fala em 'alívio'

Cissa Guimarães disse que a decisão da Justiça do Rio de mandar prender Rafael e Roberto Bussamra é um "alívio", passados 13 anos do crime que matou seu filho, que à época tinha 18 anos. As declarações foram em entrevista ao Fantástico, neste domingo (3).

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"13 anos não são 13 dias. É o alívio da justiça ser feita e vencer essa batalha, que eu achei que tivesse sido vencida há tanto tempo. Mas eu nunca desisti. [Esssa decisão significa] dignificar a vida dele e honrar a memória dele", falou.

Cissa também disse que lhe machuca o fato de os familiares dos réus não terem lhe pedido perdão. "Me dói muito é nunca ninguém da família ter me procurado, queria um pedido de perdão, tenho a impressão até de que eu perdoaria", disse em entrevista ao Fantástico. A atriz ressaltou que nunca teve vontade de procurá-los, que os encontrou uma vez em uma sessão no Tribunal, e eles "nem olharam" para ela.

Guimarães afirmou saber "que nada vai trazer" Rafael Mascarenhas de volta, mas ressaltou que "essa justiça precisa ser feita". Ainda, ela revelou que Roberto Bussamra negociou R$ 10 mil para que os policiais militares ajudassem a adulterar a cena do atropelamento, na tentativa de livrar Rafael Bussamra.

"O cara corrompeu os policiais por R$ 1.000 para depois, no dia seguinte dar R$ 9 mil, porque os [agentes] queriam R$ 10 mil. Esses policiais saíram da corporação, mas, meu Deus do céu, enquanto isso estava sendo discutido, quanto dinheiro era para ser dado, tinha uma pessoa morrendo", declarou.

Dos crimes pelos quais pai e filho foram acusados, prescreveram as acusações de fuga do local do acidente, participação de racha e adulteração de carro antes da investigação.

Dos 12 anos e nove meses a que estava condenado, Rafael vai cumprir três anos e seis meses por homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Roberto, que foi condenado a oito anos e 11 meses, vai cumprir três anos e 10 meses por corrupção. Ambos vão cumprir suas penas no regime semiaberto.

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Ao Fantástico, a defesa de Rafael e Roberto Bussamra informou que os réus foram intimados pela polícia e vão se apresentar à Justiça dentro do prazo de 15 dias, contando a partir da última sexta-feira (29).

O que aconteceu?

No dia 20 de julho de 2010, Rafael Mascarenhas, filho de Cissa Guimarães e do músico Raul Mascarenhas, morreu após ser atropelado no Túnel Acústico (hoje Túnel Rafael Mascarenhas), na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro.

Naquela madrugada, Rafael, que tinha 18 anos, andava de skate com amigos no túnel, que estava fechado para manutenção, quando foi atingido por um veículo em alta velocidade. Segundo testemunhas, dois carros se aproveitaram da interdição do túnel para apostar um "racha".

Rafael Bussamra, que dirigia o veículo que atropelou Mascarenhas, fugiu do local do acidente sem prestar socorro.

Mascarenhas foi levado ao Hospital Miguel Couto ainda com vida. Ele chegou à unidade com politraumatismos na cabeça, no tórax, nos braços e nas pernas. O rapaz chegou a ser operado, mas morreu por volta das 8h da manhã do mesmo dia.

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