OpiniãoThe Town

Joss Stone fez bonito e foi a melhor 'tapa-buraco' que The Town poderia ter

Joss Stone, 36, foi chamada às pressas pela produção do The Town para substituir Liam Payne, ex-integrante do grupo One Direction diagnosticado com grave infecção renal. O que poderia ser um show "tapa-buraco", na verdade, foi uma performance contagiante. Com certeza, a organização está feliz porque a cantora de soul music fez bonito.

O bom desempenho da artista britânica não impressiona, afinal, ela se sente em casa no Brasil e já se apresentou no país outras vezes. O último show por aqui aconteceu há poucos meses, em abril, quando ela passou por São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba.

No The Town, a artista apresentou o show em comemoração aos 20 anos de carreira e de lançamento do primeiro disco, "The Soul Sessions", trazendo soul, jazz e funk. A cantora abriu o show com "You Had Me" e seguiu com outros sucessos, incluindo "Super Duper Love", trilha sonora de "Dar Cor do Pecado", exibida pela Globo em 2004.

Joss Stone provou no festival paulistano que é possível fazer um show minimalista e impactante. Descalça, a cantora mostrou que o seu foco é a música. Trouxe ao Brasil uma banda grande e habilidosa, com instrumentos de sopro e percussão, além de entregar muito suingue e vocais afiados — o que já é sua marca registrada. Joss Stone, no entanto, deixou de fora uma das músicas mais conhecidas do seu repertório, "Right To Be Rong". Fez falta.

Ela ainda surpreendeu ao cantar "Dreams", do Fleetwood Mac, e "Say My Name", das Destiny's Child, que teve Beyoncé, Kelly Rowland, e Michelle Williams como integrantes. Esse cover, ao lado de suas backing vocals, foi um dos momentos mais celebrados da noite. As vezes em que a cantora ensaiou seu português também foram respondidas com gritos calorosos do público.

Joss Stone tinha uma missão difícil: conquistar uma plateia que não estava ali para vê-la e que começou tímida. Ela conseguiu.

Opinião

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