Mingau passa por nova cirurgia para controlar pressão no crânio
O músico Rinaldo Amaral, conhecido como "Mingau", foi submetido a uma nova cirurgia na noite de quarta-feira (6). É o segundo procedimento cirúrgico desde que o artista foi baleado na cabeça, na madrugada de domingo (3), em Paraty (RJ).
Segundo o Hospital São Luiz do Itaim, da Rede D'Or, o baixista da banda Ultraje a Rigor segue sedado e sob ventilação mecânica, na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), em estado grave.
"O procedimento de craniectomia descompressiva foi indicado pelo neurocirurgião Manoel Jacobsen Teixeira, responsável pelo caso, com a finalidade de auxiliar no controle da pressão intracraniana, e durou cerca de 2h30", informou a unidade de saúde, por meio de boletim médico.
Craniectomia descompressiva. Segundo o Ministério da Saúde, o procedimento neurocirúrgico é indicado para a redução imediata da pressão intracraniana (PIC) em geral, diante de tumefação cerebral, hematoma subdural agudo e algumas doenças não traumáticas."
O músico foi baleado na cabeça em Paraty (RJ), na madrugada de domingo (3), e recebeu os primeiros atendimentos no Hospital Hugo Miranda. Horas depois, o artista foi transferido para a capital paulista e submetido à primeira cirurgia, um procedimento intracraniano de emergência.
"O procedimento durou cerca de 3h30. O quadro clínico é grave, e o paciente seguirá aos cuidados da Unidade de Terapia Intensiva, sedado e mantido sob ventilação mecânica", informou o boletim do hospital.
Mingau teve crânio atravessado por bala
Na terça (5), o hospital realizou uma coletiva de imprensa informar detalhes sobre o atendimento ao músico. A equipe médica que acompanha Mingau afirmou que o crânio do artista foi atravessado por uma bala.
"O projétil penetrou na caixa craniana na região frontal esquerda, ele não foi retido dentro do crânio, ele provavelmente transfixou e se perdeu no ambiente onde houve o acidente", disse o neurocirurgião Manuel Jacobsen.
Bala atravessou cérebro e saiu do corpo do músico. "Não havia resíduo do projétil dentro do crânio, é um projétil que teve orifício de entrada e orifício de saída [...] Não havia resíduo do projétil dentro do crânio".
Mingau tem uma pousada em Paraty, e estava na cidade a negócios. "Ele foi lá para trabalhar, coitado. [Era] o único final de semana que estava sem shows. Ele estava com hóspedes lá, ele gosta de receber os hóspedes, gosta de administrar tudo de perto", disse Sammantha Donadel, produtora da Ultraje a Rigor, a Splash.
Investigação
Além do primeiro suspeito preso, a Polícia Militar do Rio de Janeiro identificou mais três pessoas que podem estar envolvidas no ataque a tiros ao baixista da banda Ultraje a Rigor, Rinaldo Oliveira Amaral, conhecido como Mingau.
A nota da Polícia informa que o suspeito preso estava com uma pistola "calibre 40, drogas, dois carregadores e kit rajada". "[A arma] será encaminhada para exame de perícia [...] No local do crime foram recolhidos estojo e projétil do mesmo calibre da arma apreendida. O amigo da vítima será ouvido novamente na delegacia. Outros três acusados foram identificados e diligências seguem para localizar os envolvidos. A investigação está em andamento", diz o texto.
O delegado Marcello Russo, responsável pela investigação, ressaltou que o local do ataque é conhecido por ser um ponto de compra e venda de drogas ilícitas. "Onde o tráfico de drogas atua, muitas vezes, armado no local. Ao ver esse carro entrando, uma picape escura, [os atiradores] podem ter se confundido e efetuado algum disparo que acabou atingindo esse integrante da banda Ultraje a Rigor", disse Russo em entrevista ao Bom dia Brasil (Globo).
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