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Repórter da Globo se emociona ao vivo ao falar de vítimas das chuvas no RS

O repórter Gabriel Costa olhou para o lado ao segurar choro ao vivo em telejornal Imagem: Reprodução/ Globoplay/ RBS TV

Colaboração para Splash, em São Paulo

07/09/2023 18h19Atualizada em 08/09/2023 10h35

Gabriel Costa, repórter da RBS TV, afiliada da Globo no Rio Grande do Sul, até tentou segurar o choro ao falar das perdas de moradores causadas pelas chuvas na região de Cruzeiro do Sul (RS) e da solidariedade dos gaúchos, mas não conseguiu. A Splash, ele falou sobre o momento: "é impossível não chorar".

O que aconteceu

Já são 79 municípios atingidos com mais de 1,6 mil pessoas desabrigadas, 3 mil desalojadas e mais de 52 mil afetadas de alguma forma, segundo a Defesa Civil estadual. O número de mortos já chega a 39, noticiou a Agência Brasil.

"A gente sabe que no jornalismo a informação é mais importante, a gente treina essa questão de segurar a emoção, passar a informação com clareza, com imparcialidade. Só que em uma situação dessas é impossível. A gente é humano também, tem empatia. Meus colegas de equipe dizem que sou o mais paizão, o mais família, o mais coração, a união da equipe", fala Costa.

Durante o telejornal ao vivo, ele disse que nem dava para dar boa tarde: "Aqui em Cruzeiro do Sul, infelizmente, a situação é tão trágica como no resto do Vale do Taquari. Esse ponto aqui no centro da cidade em frente à igreja Paróquia São Gabriel Arcanjo foi o único que a gente conseguiu wifi para entrar ao vivo", explicou Gabriel no início do Jornal do Almoço desta quinta-feira (7).

Emoção. Após exibir trecho de uma professora que perdeu quase tudo, mas estava ajudando como voluntária porque 'estando com saúde ela recupera o que perdeu', o repórter até tentou segurar o choro e deu continuidade à sua fala com a voz embargada: "Essa solidariedade da Luana foi tocante de ver", compartilhou Costa.

Em conversa com Splash, ele explica como está a região e porque se sensibilizou tanto: "Aqui no Vale do Taquari, nesse momento, qualquer cidade que tu for, para onde tu olha, tu vê destruição, perda, tristeza, gente se abraçando. Gente que perdeu tudo, gente machucada, chorando desesperada. Parece cenário de guerra. Não tem como manter a saúde mental [intacta] aqui, não tem como ficar indiferente nessa situação".

Sei que estou representando muitas coisas quando tá ao vivo e penso muito na informação, que tem que trazer com clareza, é o mais importante. Mas é impossível, não deu para segurar [o choro]. Tentei respirar fundo, não deu. Quando tu começa a lembrar o que tu viu, as pessoas falando, chorando, te abraçando, quanta gente eu estou ajudando e assim, apoiando, dando um abraço na rua. Vêm tudo junto, um turbilhão de coisa. Eu chorei, tentei segurar e não deu. Se eu continuasse falando [no ar] eu ia chorar mais,

— Gabriel Costa

"É muito difícil, muito triste a situação. Não dá. Ainda mais que tu se te insere na comunidade, vira cidadão daqui, gente daqui, faz amigos quase que família aqui. Então tu tá sofrendo junto com essas pessoas, é impossível não chorar", afirma o repórter.

Ajuda com pix. Ainda no Jornal do Almoço, Gabriel disse que assim que a entrevistada contou o relato do ocorrido com ela, outras pessoas apareceram ao redor para fazer pix para a professora: "É um momento até difícil de concentrar essas doações, mas essa é uma boa notícia. As pessoas estão aparecendo para ajudar", ressaltou.

Assista:

Comentários na internet. Telespectadores do Jornal do Almoço gaúcho notaram o repórter emocionado e fizeram comentários na rede social X (antigo Twitter).

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