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Atriz do SBT deixa UTI após queda e revela síndrome de vasovagal: 'Estafei'

Marlei Cevada é conhecida pela personagem Nina, de "A Praça é Nossa" (SBT), ficou com hematoma após desmaio Imagem: Reprodução/ SBT/ Instagram @marleicevada

Colaboração para Splash, em São Paulo*

08/09/2023 19h54Atualizada em 08/09/2023 19h54

A atriz e comediante Marlei Cevada, 48, saiu da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e recebeu alta hospitalar nesta quinta-feira (7). Ela foi internada após desmaiar em casa e bater a cabeça, gerando um enorme hematoma.

O que aconteceu?

Desmaio no banheiro de casa. No último sábado (2), Marlei desmaiou no banheiro e ficou com um "galo" na cabeça, indo para o hospital e desmaiando novamente no local. Na terça-feira (5) sua equipe de comunicação suspendeu sua agenda por "tempo indeterminado".

Famosa pelas personagens Nina e Sangue em "A Praça é Nossa", no SBT, Marlei anunciou ontem que recebeu alta e estava em casa: 'Adquiri minha independência que é vir para casa, graças a Deus. Todos os exames que eu fiz foram uma belezinha, estou ótima. Acho que foi uma sucessão de coisas que gerou uma falta de sangue no cérebro. Eu tava sem comer, cansada, tomando remédio para gripe".

Diagnóstico. No mesmo vídeo, ela revelou como foi diagnosticada: "Eu tive a síndrome de vasovagal, que é falta de sangue no cérebro, e cérebro e coração não se comunicam direito e 'apaga'. Eu tô muito bem, não tomei nenhuma medicação"

A atriz aproveitou para explicar o porquê parou na UTI: "Quando fala de UTI é para ter mais cuidado, ser algo mais determinante para saber direitinho do que se trata. Como eu tive um desmaio em casa, que me rendeu esse hematoma, eu fui para o hospital ver essa cabeça e lá eu desmaiei de novo".

Marlei afirma que agora vai dar uma pausa: "Eu estava estafada, estava na hora de parar. Agora eu vou reavaliar a minha vida, começar a fazer outras coisas. Foi uma pausa necessária, mas que deu tudo certo", agradecendo o carinho do público. "Daqui a pouco eu tô de volta causando e levando alegria".

O que é a doença

A síndrome ou síncope vasovagal é uma condição que provoca a diminuição da pressão arterial e dos batimentos cardíacos, originando sintomas como fraqueza, palidez, calor, náuseas, tontura, dor de cabeça e, por fim, o desmaio. A perda da consciência ocorre devido à dilatação dos vasos sanguíneos, por um estímulo inadequado do nervo vago, parte do sistema nervoso autônomo.

"Quando estamos em pé, o sangue tende a se acumular nos membros inferiores. Para manter a pressão, o nervo envia comandos para contrair os vasos. Diante de certos gatilhos, esses sensores dizem erroneamente que a pressão está alta. Então, os vasos dilatam, provocando o desmaio", explica a VivaBem o cardiologista Guilherme Fenelon, coordenador do Centro de Arritmia do Hospital Albert Einstein.

As crises ocorrem, na maioria das vezes, quando o indivíduo fica muito tempo em pé em ambiente quentes e fechados. A ingestão de bebidas alcoólicas e a prática de atividades físicas intensas também podem acarretar o problema.

A rápida recuperação é o principal aspecto para diferenciar a síndrome de outras doenças com sintomas semelhantes, como epilepsia ou labirintite: "Na epilepsia é diferente: após a crise, o indivíduo fica algum tempo atordoado até se recuperar totalmente. Já na labirintite ocorre mais uma sensação de desequilíbrio do que propriamente o desmaio", explica Fenelon.

Como é o tratamento

Muitas pessoas nunca ouviram falar da síndrome vasovagal. Conhecer a doença é importante para os pacientes buscarem orientação médica e evitar problemas. A síndrome em si não causa a morte, mas pode provocar uma queda e a pessoa se machucar gravemente, por exemplo, como ocorreu com marlei.

Cuidados simples podem ser levados para lidar com a doença e enfrentar situações de rotina como:

  • Praticar atividade física regularmente (que contribui para o aumento da capacidade cardiovascular e uma melhor circulação sanguínea);
  • Manter-se bem hidratado;
  • Alimentar-se adequadamente;
  • Evitar ficar muito tempo em pé e em lugares abafados;
  • Deitar-se ou pelo menos se sentar quando começar a sentir os sintomas, para a pressão voltar ao normal.

Para ajudar no controle da síncope, Fenelon recomenda dormir com a cabeça um pouco inclinada. "Assim, o organismo se acostuma com o estresse da inclinação e tende a enfrentar melhor as crises." Em casos muito severos, pode ser necessário o uso de marcapasso e medicamentos que ajudem a aumentar a pressão arterial.

*Com informações de reportagem de VivaBem publicada em 06/01/2019

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