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Jão comprova ser gigante do pop, e show no The Town serve como marco

Jão fez show no último dia do the Town 2023 Imagem: Divulgação/The Town

Thales de Menezes

Colaboração para Splash, em São Paulo

10/09/2023 23h11

Numa destacada escalação no último dia da primeira edição do The Town, Jão fez seu show antes de Bruno Mars encerrar o evento. Como o cantor americano se apresentou pela segunda vez em Interlagos, todos esperavam dele a repetição da performance espetacular que exibiu no domingo passado, no mesmo palco. Assim, coube a Jão a chance de ser o último artista a mostrar novidades para o público paulistano do festival. E ele não decepcionou.

Jão lançou no último dia 14 de agosto seu quarto álbum, "Super", que foi recebido calorosamente pela crítica, que destacou o predomínio do pop rock em suas faixas. Na opinião generalizada dos especialistas, é o melhor trabalho de Jão até agora. O público que lotou o espaço à frente do palco The One também transmitiu sua aprovação, num show em que as músicas novas conviveram em harmonia com os sucessos anteriores do cantor.

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No início do show, a plateia foi arrebatada por "Escorpião", do álbum novo, e "Idiota", mega hit do disco anterior, "Pirata". Depois de voltar a "Super" com a ótima "Alinhamento Milenar", Jão de novo recorreu ao repertório de "Idiota", emendando "Meninas e Meninos" com "Acontece". Às vezes, a coloquialidade dos versos e a perfeita formatação pop rendem inevitáveis comparações com o melhor de Lulu Santos, mesmo que Jão defina Cazuza como sua grande influência. A balada "Julho" é um bom exemplo disso.

Funcionam particularmente bem as canções que têm ligação clara com o pop dançante internacional, caso de "Sinais" e de "Pilantra", a canção lasciva que ele gravou com Anitta. Jão retornou até seu disco de estreia, de 2018, "Lobos", com "Imaturo" e "Vou Morrer Sozinho". Depois, contemplou seu segundo álbum, "Anti-Herói", com a contagiante "Essa Eu Fiz pro Nosso Amor". A cada trabalho, Jão expande os temas de suas canções e também as referências a gêneros diversos do pop. O show teve momentos de citações claras a folk, soul e até pop punk.

E, claro, muita música para dançar. No encerramento, usando a força do grande cenário com um dragão gigante decorativo, ele espalhou fogo pelos telões e fez um pandemônio com "Me Lambe", já encarada definitivamente como o primeiro hit de "Super". Jão fechou o show sabendo que está numa ótima situação na MPB atual, a ponto de já ter lotado uma data no Allianz Parque para janeiro do ano que vem. Jão se tornou um grande nome, e seu show no The Town serviu como um marco.

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