'Se entregam sozinhos', diz Felipe Neto sobre Bolsonaro e o caso das joias
Colaboração para Splash, em São Paulo
10/09/2023 14h57
Felipe Neto disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados "se entregam sozinhos" em relação às investigações que apuram suposta apropriação de joias dadas à União quando ocupou o Planalto.
No X, antigo Twitter, o influenciador compartilhou posicionamento do ex-ministro e atual advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten, após o ex-ajudante de ordens de Jair, Mauro Cid, fechar acordo de delação com a Polícia Federal, que já foi homologado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.
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Wajngarten negou que Jair tenha cometido "qualquer ingerência na classificação de presentes" recebidos durante os quatro anos em que foi presidente. "Bolsonaro jamais teve acesso as informações sobre os presentes, quem os recebeu, quem os catalogou e muito menos aferir seus valores ou quem ficou com a guarda dos mesmos", afirmou o advogado.
Para Felipe Neto, a postagem de Fabio é uma defesa prévia da equipe do ex-presidente, mesmo sem saber o que Cid falou à PF. "A equipe do Satanás já está se defendendo sem nem saber o que o Cid falou? Ué? Quem é que precisa negar algo que nem sabe se foi dito? Eles se entregam sozinhos... É impressionante", escreveu o influenciador.
Entenda o caso
O acordo de delação fechado por Mauro Cid foi no âmbito do inquérito das milícias digitais, no STF, que apura, entre outros, ataques feitos por Bolsonaro contra as instituições da República, tentativa de golpe após derrota nas urnas e o caso das joias — suposta apropriação indevida de presentes à União.
A delação de Cid deve implicar outros envolvidos. Devido sua proximidade com Bolsonaro, a negociação tem gerado expectativa no meio político sobre a possibilidade de atingir o ex-presidente.
Após homologar a delação, Moraes concedeu liberdade provisória a Mauro Cid, que já deixou a prisão. O ministro também determinou o afastamento do militar das suas funções — o que foi atendido pelo Exército.
Cid deixou o Batalhão da Polícia do Exército com o advogado ontem à tarde. Ele colocou tornozeleira eletrônica e, por volta das 15h30, passou por exame de corpo de delito no IML, na sede da Polícia Civil do DF, no Setor Sudoeste de Brasília.
O militar estava preso desde maio por suspeita de falsificar cartões de vacina contra a covid-19. Além disso, Cid também é investigado por vender irregularmente presentes recebidos por Bolsonaro de outros chefes de Estado e por ter atuado na organização de um golpe de Estado.