Bruno Mars canta de novo no The Town e segue no pódio dos melhores shows
Bruno Mars fez seu segundo show na primeira edição do The Town, fechando o quinto e último dia do evento paulistano. Depois de uma apresentação espetacular no domingo passado (3), ele reconstitui todo o impecável roteiro pop numa segunda noite. Para quem estava vendo pela primara vez, um êxtase. Para quem teve a chance de ver o artista americano nos dois dias, a certeza de que Bruno Mars já descobriu o segredo da batida perfeita.
De novo o caminhão de hits, músicas que o levaram ao topo do entretenimento mundial. Foi o melhor show do festival? Sim, sem dúvida, mesmo que roqueiros radicais tendam a eleger o Foo Fighters e sua explosiva apresentação no sábado (9) como o ápice da festa. Mas há uma diferença básica. Enquanto o Foo Fighters do simpático Dave Grohl tira suas performances antológicas de muita emoção, de gritaria e fúria nas guitarras, num jorro de emoção tomando conta do artistas, Bruno Mars mira a perfeição do domínio sobre o público. A emoção não está no artista, mas na plateia, injetada por um meticuloso domínio da arte de entreter uma multidão.
E Bruninho, como os brasileiros o chamam, também é brincalhão. Chegou a pedir que as pessoas guardassem seus celulares no bolso durante a apresentação de "Finesse" para que se preocupassem apenas em dançar. "Eu quero ver vocês se mexendo." E a plateia se mexeria por todo o show. São tantos sucessos na carreira que Mars é praticamente obrigado a repetir a brincadeira que utilizou na primeira apresentação, quando ele se sentou ao piano e cantou trechos de antigos hits, para ver se a plateia se lembrava deles.
A hora do piano é o momento mais leve de uma performance matadora, em que cada canção surge com a força de um furacão sonoro. Várias vezes, o público é sacudido de tal forma, por sucessos como "24K Magic", "Billionaire" e "Runaway Baby", que parece impossível que a canção seguinte possa superar o pique. E é exatamente isso que acontece, num show que só cresce em temperatura e pressão até o final arrebatador com "Uptown Funk".
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Exagero chamar Bruno Mars de "o Michael Jackson de hoje"? Sim. Tal afirmação demonstra um desconhecimento da dimensão do fenômeno Michael Jackson. O mais correto é dizer que Mars é um mestre do entretenimento, um sujeito que parece dedicar a vida à sedução de grandes plateias. Para isso, além do repertório impecável, conta com seus vocalistas-dançarinos-músicos. Difícil saber como Mars chegou a reunir esses talentos, uma turma que aparenta estar se divertindo mais do quo público.
O tecladista repetiu a gracinha de tocar "Evidências" e Bruno Mars reproduziu o set final da apresentação da semana passada, com o fechamento hipnótico com "Just the Way You Are" e "Uptown Funk". O público saiu extasiado, com o pop perfeito de um verdadeiro astro.
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