1º The Town chega ao fim: 5 erros e 5 acertos do Rock in Rio paulistano
Chegou ao fim a primeira edição do The Town, o festival organizado pela mesma produção do consagrado Rock in Rio. Em busca de uma marca forte em São Paulo, o evento contou com erros e acertos.
Splash acompanhou todos os dias do festival e se espalhou pelo Autódromo de Interlagos para revelar os pontos positivos e negativos do The Town.
ACERTOS
Shows de Bruno Mars (2 vezes) e Foo Fighters: as grandes performances do festival, que fizeram jus ao tamanho da expectativa do The Town, vieram de fora. "Bruninho", ou melhor, Bruno Mars provou ser um dos maiores nomes pop da história com shows impressionantes, inclusive os dias que esgotaram primeiro. Já Foo Fighters salvou o dia do rock com um show longo de 2h20 cheio de hits e do carisma de Dave Grohl.
Entretenimento para todos os gostos: o The Town parecia mais um shopping. Se você não estivesse curtindo a música, tinha uma variedade de alimentos, experiências de marcas e estrutura para carregar seu celular — no mínimo, a foto do Instagram ficou garantida.
Pontualidade: em festival tão grande, com dois palcos centrais, a pontualidade é um aspecto fundamental. E o The Town cumpriu. Mesmo com falha no primeiro dia, quando Matuê viu seu show atrasar 40 minutos, os outros dias seguiram a previsão e encaixaram os horários — um detalhe que vira e mexe falha no Rock in Rio.
Centro de acessibilidade: sim, houve problemas pessoas com deficiência (PCDs), mas ainda assim o The Town ficou à frente de outros festivais, pensando em salas específicas para o público, banheiros acessíveis, empréstimo de cadeira de rodas, audiodescrição, intérprete de libras e mapa tátil. Pode melhorar ainda, mas tá no caminho.
- Looks, shows e mais: confira as fotos da primeira edição do evento em SP
Line-up diverso musicalmente: teve funk, rock, rap, hip-hop, pop, soul e R&B cantados por mulheres, pretos e trans. O evento acertou em cheio em convidar artistas de diferentes estilos, etnias e histórias de vida. De alguma forma, o público conseguiu se sentir representado pelo que via no palco.
ERROS
Palcos Skyline e The One: as duas plataformas de shows ficaram muito próximas, dificultando em certos aspectos como deslocamento quando show acaba e o outro começava, som vazando de um palco para o outro quando encavala alguma apresentação e a visão ruim do Skyline na subida. O que também atrapalharam foram as torres de som (gigantes e que dificultava a visão) e os telões pequenos do palco principal.
Shows nacionais x atrações internacionais: Pitty, Ludmilla, Pabllo Vittar, Gloria Groove e Jão são alguns exemplos de artistas nacionais que mereciam um horário mais nobre no festival ou um espaço maior, e que se mostraram muito capazes de agradar o público do que shows tardios gringos.
Muvuca: é normal em show ter fila para deixar um show ou quando todas as atividades se encerram, mas o The Town perdeu a mão. Com a redução de espaço físico para colocar estandes e ativações de diversas marcas, faltou opção para quem queria andar mais tranquilo pelo autódromo — Lolla já mostrou que isso é possível.
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Quero receberFalha no trem e filas: o primeiro dia foi caótico, com falhas na linha 9-esmeralda e filas de até 2 horas para entrar no festival. O pior é que tinha gente vendendo lugar na fila para tentar conseguir um troco a mais. Os outros dias foram melhores, mas ainda assim a reportagem encontrou filas grandes que não são vistas em outros eventos do mesmo porte na cidade — isso sem considerar ainda espera de 40 min para ir ao banheiro e comprar uma cerveja.
Perrengue no Vipão: um festival também precisa pensar nos famosos que vão lá no camarote fazer aquela publi especial ou até mesmo só curtir a noite. A mudança do local pensando em mais espaço, colocando os famosos obrigatoriamente numa área em que eles não conseguiam enxergar o palco por conta de um estande foi um erro. A prova? Depois dessa mudança ninguém mais ficou lá.
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