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Castelo milionário do sertanejo José Rico encalha em leilão pela 2ª vez

Mansão de José Rico encalhou em leilão Imagem: Divulgação

De Splash, em São Paulo

13/09/2023 10h21Atualizada em 13/09/2023 14h18

Pela segunda vez, o "castelo" do cantor José Rico, da dupla Milionário & José Rico, não foi arrematado durante leilão judicial. Nenhum lance foi realizado e o prazo para propostas foi encerrado ontem (12).

O leilão foi designado pela Justiça para cumprir dívidas trabalhistas do sertanejo pernambucano.

O que aconteceu?

Avaliada em R$ 3,2 milhões, a propriedade tinha proposta mínima de R$ 1,6 milhão, metade do valor original. A primeira pessoa que fizesse proposta de compra que atendesse às condições do edital até ontem (12 de setembro) levava o imóvel.

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O espaço foi projetado para ser um recanto para a família do artista em Limeira, no interior de São Paulo, e ficou conhecido como o "Castelo de José Rico". Inacabado, o castelo deveria ter mais de cem quartos, mas a obra, iniciada em 1991, foi interrompida em 2015, quando José Rico morreu aos 68 anos.

No site do leiloeiro, consta que "o imóvel aparenta estado de abandono, com mato crescente, janelas quebradas e pichações nos muros".

Por que o imóvel foi a leilão?

O processo foi movido por um músico que trabalhou com a dupla entre 2009 e 2015. O ex-funcionário relata na ação que não possuía carteira assinada, não recebia descanso semanal remunerado (DSR), horas extras e in itinere, adicional noturno e de insalubridade, 13° salários, férias, Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) ou seguro-desemprego.

Além disso, afirma que acumulava funções e que sofreu danos morais durante o período.

O registro do contrato em carteira e pagamento de DSR, 13º? salários, verbas rescisórias, multa por dispensa sem justa causa, FGTS, horas extras, adicional noturno, diferença de horas de intervalo interjornada e indenização por danos morais de R$ 3 mil foram determinados em 1ª instância.

O acúmulo de funções, hora extra e dano existencial, pelo tempo de deslocamento do músico entre cidades, foram negados em 2ª instância.

Uma execução provisória definiu a condenação de R$ 6,7 milhões pelo juiz do trabalho Marcelo Luis de Souza Ferreira, do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15), em 16 de julho de 2021. O valor inclui a indenização ao trabalhador, os honorários advocatícios e periciais, custas processuais, juros, imposto de renda e contribuições previdenciárias.

Já a penhora da propriedade em Limeira foi determinada em 7 de novembro de 2022 pela juíza Paula Cristina Caetano da Silva, da 2ª Vara do Trabalho de Americana.

O imóvel possui uma área total de 4,8 hectares. 21,2% dela foi penhorada, sendo o restante edificações não averbadas.

Splash tenta contato com os advogados do espólio de José Rico. O espaço está aberto.

Confira fotos do castelo abaixo:

'Castelo' de José Rico em Limeira, no interior de São Paulo Imagem: Reprodução/TV Globo

'Castelo' de José Rico em Limeira, no interior de São Paulo Imagem: Reprodução/TV Globo

'Castelo' de José Rico em Limeira, no interior de São Paulo Imagem: Reprodução/TV Globo

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