Sander enfrentou problemas com drogas e dividiu cela com irmãos Cravinhos
Sander Mecca, 40, que acaba de ser confirmado em A Fazenda 15, da Record, tem uma trajetória marcada por altos e baixos. Ele conheceu o sucesso com a banda Twister, enfrentou problemas com drogas, foi preso condenado por tráfico de entorpecentes, escreveu um livro autobiográfico e hoje se considera um "sobrevivente".
O artista começou a carreira na infância, em programas de TV. Aos 17 anos, ele virou um fenômeno com o grupo Twister e chegou a vender mais de 300 mil cópias no Brasil e na América Latina. À época, a banda participou de programas em vários países e até de uma novela no México.
Abuso. Em entrevista a Daniela Albuquerque, do programa Sensacional (RedeTV!), ele contou que sofreu abuso aos 17 anos por um antigo empresário da banda. "Ele tentou me assediar várias vezes desde os meus 15 anos. Sempre tentou, até que aconteceu. Teve um dia fatídico que aconteceu", disse Sander.
No entanto, com o término do grupo, em 2003, o cantor se viciou em drogas e, ao ser flagrado com substâncias ilícitas, foi condenado por tráfico de entorpecentes, aos 19 anos.
A vida na cadeia rendeu um livro, "Inferno Amarelo", e além dos variados relatos sobre o período, um fato chamou bastante a atenção do público: Sander dividiu cela com Daniel e Cristian Cravinhos, condenados pelos assassinatos de Manfred e Marísia von Richthofen.
"Quando eu fui para a cela dele, me disseram: 'Você vai morar com o Daniel Cravinhos, tem que descolar um capacete', e eu nem me liguei na piada. 'Os caras matam dormindo, na paulada', me explicaram. Eu dou risada agora, mas na hora, demorei muito para rir", contou o músico, em 2021, em entrevista a Splash.
Em "Inferno Amarelo", Mecca conta que, por ser aeromodelista, Daniel era bastante habilidoso com trabalhos manuais e confeccionou três piercings. "Ele fez os alargadores para as minhas orelhas, um de vinte e outro de dez milímetros, e um espeto para o meu septo. Ficou muito bom. Eu até falei para ele que deveria comercializar", relata o livro.
O músico ficou preso até 2005, quando finalmente voltou à liberdade. Na conversa com Splash, ele revelou que o vício em drogas se intensificou depois do período em que esteve preso. Em agosto de 2021, o artista voltou à clínica de reabilitação em que já tinha sido internado em 2019, após passar por recaídas.
Ele é dono do empreendimento Mecca Gourmet, projeto pessoal de venda de comidas. "Transformei minha prática de cozinhar em uma forma de dividir com todos meus sabores", diz o músico, nas redes sociais.
Em 2017, o ex-vocalista da banda Twister foi filmado cantando e tocando no metrô de São Paulo. O vídeo foi parar nas redes sociais e deixou muitos fãs do grupo surpresos.
"Consigo pagar meu almoço, meu jantar e ainda sobra. Em duas horas de vagão, faço uma grana digna, mais do que em uma hora de aula como professor", contou o artista, à época, em entrevista ao UOL.
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