Renato Aragão perdeu a marca Didi? Não é bem assim
Afinal, Renato Aragão, 88, perdeu o direito de usar a marca Didi? Não necessariamente.
Conforme o site do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), órgão que cuida dos registros de marcas no Brasil, o uso de "Didi" não está registrado em nome do humorista, e sim pela empresa chinesa Beijing Didi Infinity, conforme noticiado pelo jornalista Ricardo Feltrin. No entanto, não consta nos registros do órgão que a marca tenha sido perdida por Renato Aragão.
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De acordo com o banco de dados do INPI, a Renato Aragão Produções Artísticas Ltda., empresa aberta em 1978, nunca requisitou o registro da marca "Didi", puramente simples. Outros termos, como "Trapalhões", "Os Trapalhões" e "O Mundo Mágico do Didi" (entre dezenas de outros) já foram registrados e estão atualmente arquivados ou extintos.
No momento, a empresa do humorista tem registradas as marcas "As Aventuras do Didi", "Didizinho", "RA Renato Aragão", "Severina", "Psite", "Recruta 49" e "Livinha". Segundo relatos iniciais, Aragão teria perdido também o uso de "Didizinho", o que não procede.
A Beijing Didi Infinity, empresa chinesa de tecnologia e mobilidade, registrou a marca "Didi" em várias classes e especificações, incluindo propaganda e publicidade online e transmissão radiofônica e televisiva. Os registros, no entanto, não são novos. O primeiro desses citados foi concedido em junho de 2018; o outro existe desde maio de 2022. Esses, e todos os outros usos de "Didi" registrados pela empresa têm vigência de dez anos.
Splash entrou em contato com a equipe de Renato Aragão para esclarecer o tema, e aguarda retorno. Em entrevista ao Gshow, Lílian Aragão, esposa de Renato, negou que a marca tenha sido perdida: "De onde inventaram esse absurdo? É mentira", declarou.