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Agressor de Victor Meyniel vira réu após Justiça receber denúncia do MP

O estudante de medicina Yuri de Moura Alexandre, 29, se tornou réu após a Justiça do Rio de Janeiro aceitar denúncia oferecida pelo Ministério Público.

O MP denunciou Alexandre por três crimes: lesão corporal, injúria por homofobia e falsidade ideológica. A juíza Beatriz de Oliveira Monteiro Marques, da 27ª Vara Criminal da Comarca da Capital, aceitou a denúncia.

A juíza também manteve a prisão preventiva do estudante, "de modo a garantir a integridade física e psicológica da vítima que será ouvida em juízo e a higidez dos depoimentos das demais testemunhas."

A magistrada também marcou uma audiência para possibilitar a oferta do benefício de transação penal a Gilmar José Agostini, o porteiro do prédio, autuado por omissão de socorro. No caso da transação penal, há um acordo entre o réu e o MP. O acusado cumpre a pena imediatamente, sem ser condenado. O processo é arquivado e o acusado segue sendo réu primário. A audiência está marcada para o dia 7 de novembro.

Em nota a Splash, a defesa de Yuri questionou a manutenção da prisão preventiva. Veja a íntegra abaixo:

[Era esperado] a denúncia ser aceita, pois esta fase é regida pelo princípio in dubio pro societate. Agora que a Acusação foi formalizada será marcada audiência onde finalmente o Yuri de Moura poderá ter seu direito constitucional de falar e se defender das acusações que - sem nenhuma dúvida - será provada a inexistência de injúria por preconceito (homofobia) e de "atribuição de falsa identidade", bem como será ratificado que apesar das imagens a lesão foi leve.

No entanto, o que não esperava a defesa era a absurda manutenção da prisão preventiva de uma pessoa primária, de bons antecedentes, estudante de medicina, com residência fixa, trabalho lícito, tendo compromissos concretos com a faculdade em razão do FIES, com núcleo familiar sólido e vida totalmente distante do dia a dia do Victor Meyniel, permanecer preso preventivamente num caso em que, mesmo que fosse condenado, jamais ficaria preso, conforme sacramenta a Lei no art. 33, §2º, "c)", do Código de Processo Penal.

O que aconteceu?

O ator Victor Meyniel, 26, foi espancado na área comum de um prédio em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, na madrugada de domingo (3). A defesa fala em crime de homofobia.

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Victor teria conhecido o agressor, identificado como Yuri de Moura Alexandre, em uma boate na zona sul do Rio. Para Splash, o advogado Ricardo Brajterman disse que o artista foi para a casa de Yuri, que, até o momento do ataque, havia se mostrado uma pessoa amigável.

Imagens divulgadas pelo Fantástico (TV Globo) mostra que os dois tiveram uma discussão após Yuri expulsar Victor de seu apartamento. Eles continuaram discutindo na área comum do prédio, quando Yuri espancou o ator.

Victor e sua mãe, Regina Meyniel, prestaram queixa na 12ª DP e abriram um boletim de ocorrência. O ator passou por exame de delito no IML (Instituto Médico Legal) e foi atendido na UPA.

O porteiro do prédio também foi indiciado por omissão de socorro. Nas imagens divulgadas por Brajterman, é possível ver o porteiro observando Victor ser espancado.

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