'Modo demoníaco' e fascínio pela letra X: biógrafo revela mistérios de Musk
Alexandre Cavalcante
Colaboração para Splash, em São Paulo
17/09/2023 22h25
Walter Isaacson, jornalista e escritor norte-americano em entrevista ao Fantástico (Globo), sobre a biografia "Elon Musk", lançada em 11 de setembro.
Múltiplas personalidades. "Ele [Elon Musk] meio que tem personalidades múltiplas. Faz piada, é gentil, inspirador. E, de repente, alguém diz algo que é um gatilho e ele entra no que chamam de modo demoníaco, é muito severo com as pessoas e depois quase não se lembra do que fez."
Lados opostos. "Tem lados do Elon que eu não gosto, como o modo demoníaco. Mas quando ele é um engenheiro brilhante, isso é bom, ele faz acontecer."
Vício no Twitter. "Ele adorava o Twitter. Era viciado. Tipo um videogame. Ele passava a noite inteira. Mas achava que eles restringiam muito a liberdade de expressão, especialmente quando criticavam a quarentena da covid-19".
Compulsão. "Não acho que ele tenha comprado [o Twitter, agora chamado de X] para fazer dinheiro, comprou por compulsão."
Mudança de Twitter para X. "X é a letra do mistério, desconhecida, a mais fascinante da matemática. E ele também adorava os quadrinhos dos X-Men. Elon Musk é um esquisito."
Bullying na infância. "O pai era psicologicamente duro e, às vezes, tomava partido dos agressores. Ele virou uma pessoa de confronto e pode ser muito duro ou muito inspirador."
Rompimento com filha trans. "Quando ela [Vivian Jenna Wilson, de 19 anos] fez a transição, para ele estava tudo bem. Mas ela virou marxista-socialista contra empresas, mudou o sobrenome e parou de falar com ele. Ele falou disso com lágrimas nos olhos."