OPINIÃO
Amor Perfeito se vinga e entrega final apoteótico com prisão de Gilda
Um dia da caça e outro do caçador. Por muito tempo, não faltou gente criticando a trama de Duca Rachid, Julio Fischer e Elísio Lopes Jr. E aí, eu mesmo me incluo nessa turma, não vou mentir. No entanto, no capítulo desta segunda-feira (18), fomos obrigados a engolir em seco.
Na verdade, já tem tempos que a novela evoluiu brilhantemente a qualidade de seus capítulos. Com a aguardada prisão de Gilda (Mariana Ximenes), "Amor Perfeito" entregou uma sequência à altura do que o público noveleiro merece.
Desde sábado, a dinâmica tensa da audiência de Marê (Camila Queiroz) já tinha colocado em evidência a qualidade de atuação do elenco. E aqui aproveito para uma menção honrosa pela grandiosidade de Juliana Alves, Gabz e Bukassa Kabengele. A intérprete de Wanda entregou tanta dor no olhar, que chegou a dar um nó na garganta.
Para o clímax final com o depoimento de Leonel (Paulo Gorgulho), a novela das 18h se manteve fiel a uma estrutura tradicional da teledramaturgia. Mas salta aos olhos o cuidado em cada detalhe, do roteiro até a direção. Os flashbacks, a captação das reações, tudo orquestrado de forma impecável.
Não à toa, bastava entrar no Twitter horas antes do capítulo ser exibido para ver a expectativa do público em assistir às aguardadas cenas. E veja bem, isso não é missão tão fácil nos dias atuais.
Mas é a comprovação que um trabalho bem feito, coeso e pensado para emocionar ainda funciona muito melhor que fazer mil acrobacias ou tentar imitar algo que venha de fora. "Amor Perfeito" não se propôs a inventar a roda, olhou com cuidado em que ponto poderia ser inovadora, e agora já pode rir de quem duvidou de seu potencial.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL