Criadora de conteúdo erótico diz que cancelamento rendeu R$ 180 mil por mês
Martina Oliveira, produtora de conteúdo no OnlyFans, foi cancelada nas redes sociais por publicar um vídeo que aborda um rapaz, num shopping de Porto Alegre, e exibe suas fotos nuas.
Conhecida como "Beiçola do OnlyFans", pelo corte de cabelo, Martina falou sobre seu trabalho ao jornal O Globo.
Martina tinha preconceito com quem produzia conteúdo erótico: "No início da pandemia eu tive que largar meu emprego como vendedora de shopping e, precisando de dinheiro, resolvi abrir um negócio on-line de produtos de sex shop. Apesar de muito nova, eu já gostava bastante de sexo e sabia que era um tema com o qual eu gostaria de trabalhar. As vendas deram muito certo, e muita gente que me conhecia perguntava por que eu não abria um perfil no OnlyFans ou Privacy. Eu dizia que não, xingava as mulheres que faziam isso, achava um horror".
Como começou no OnlyFans: Eu já tinha me tornado maior de idade, queria fazer faculdade, tirar carteira de motorista e empreender com os produtos de sex shop estava tirando muito do meu tempo. Então, voltei à CLT e foi durante esse trabalho no shopping que eu fui assaltada. Levaram meu celular, e eu passei a precisar urgentemente de dinheiro. Então, pensei: "Ok, vou fazer o que todo mundo está falando para eu fazer". Fiz um perfil no Privacy e, no início, tinha medo, vergonha, não mostrava nada. Minha assinatura era super cara, R$ 150. Ninguém assinou na primeira semana. Quando diminuí para R$ 100, algumas pessoas começaram a assinar por curiosidade, e eu consegui fazer uns R$ 2 mil. Quase deu para comprar meu celular novo.
Lucros nos primeiros meses: "Eu pensei: vou me jogar de cabeça nisso. Saí de casa, peguei minha rescisão e a coragem que eu tinha e fui morar com uma amiga. Como não precisava fazer nada às escondidas mais, passava o dia inteiro no Câmera Privê e produzindo conteúdo para as outras plataformas. De início comecei a ganhar de R$ 5 mil e R$ 8 mil por mês".
Martina decidiu atrair novos assinantes pelo TikTok: "Foi dando muito certo, conseguia monetizar o TikTok e atrair assinantes para o Privacy ao mesmo tempo. A minha renda pulou para R$ 20 mil por mês muito rapidamente e eu percebi que já não precisava mais do Câmera Privê, que era um ambiente mais pesado, onde eu precisava interagir e lidar com bizarrices".
Cancelamento após mostrar foto nua para rapaz em shopping: "O Matheus (jovem abordado no vídeo) foi o único que topou participar naquele dia. Nós gravamos o vídeo e na minha cabeça tinha ficado muito engraçado. Não pensava que seria cancelada por isso. Postei o vídeo, ele viralizou, e no outro dia, enquanto eu estava em São Paulo resolvendo uns problemas, vi que tinha dado merda. Abri os trending topics e estava lá: "assediadora", "Beiçola"... fiquei mal por umas horas, mas pensei: ou eu me explico e ninguém vai ouvir, porque as pessoas só escutam o que elas querem, ou eu continuo fazendo os vídeos para causar. Quem vai entender é o meu público alvo".
Lucros superiores a R$ 180 mil por mês: "Eu já estava tirando R$ 100 mil por mês, tirando um dinheiro bom, mas gravava mais coisas engraçadas que atingiam mais mulheres do que homens. Aí, parei para focar nos homens com essas entrevistas na rua. Isso causou muita raiva nas pessoas, mas não parei de gravar. Muito pelo contrário, fui tendo ideias cada vez mais mirabolantes - conta. - Há um mês nessa loucura nova, eu já superei a média e vendi mais de R$ 180 mil".
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