Após início tedioso, Amor Perfeito vira case de sucesso na TV Globo
O horário das 21h pode até ser o "queridinho" da emissora carioca, mas me arrisco a dizer que quem carrega o legado da teledramaturgia nas costas são as obras das 18h. E "Amor Perfeito" é uma grande prova disso.
Enquanto "Fuzuê" e "Terra e Paixão" vivem derrapando e recalculando a rota repetidas vezes, a trama de Duca Rachid, Elísio Lopes Jr. e Júlio Fischer se consolidou como uma das histórias mais bonitas dos últimos tempos.
A caminhada, claro, não foi apenas rosas, pelo contrário. A história pecou por muito tempo ao demorar para mostrar a que veio. Ter aquela famosa "barriga" no meio é algo esperado, mas no início e em tantos outros pontos da novela é algo a se pensar. Dica de ouro para as próximas que vêm pela frente.
E mesmo com altos e baixos, a novela manteve a estabilidade da audiência e a sequência bem-sucedida das produções escolhidas para ocupar essa faixa. Mas vou além. "Amor Perfeito" fez o dever de casa daquilo que acredito ser fundamental na TV atualmente: ousar sem medo.
Poderia ficar aqui listando infinitamente os vários acertos desse case de sucesso. Mas acho que salta aos olhos o equilíbrio feito pelo trio de autores, que soube trazer vários elementos que são amados nas novelas e ainda assim fazê-la retratar discussões e problemas tão pertinentes na vida real. Isso sem falar na representatividade, mesmo sendo uma história de época. O verdadeiro "quem quer, faz acontecer".
Muitas das pautas talvez nem tenham sido percebidas claramente pelo público do sofá, mas pode ter certeza, a semente fica plantada. Até porque, diferentemente do que havia dito, "Amor Perfeito" chega ao fim escrevendo seu nome na história, sim.
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