Dani Lima critica Nikolas Ferreira na GloboNews: 'O que ele fez é nojento'

A jornalista Daniela Lima comentou ao vivo a decisão da justiça de tornar o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) réu por transfobia. Ele expôs uma aluna que usava o banheiro feminino em uma escola de Belo Horizonte.

O Brasil é o país que mais mata travestis e transexuais no mundo. Fazer o que ele fez com uma menor de idade é subir em cima de cadáver para fazer palanque político. É nojento. Isso é covarde
Daniela Lima

Ela dividia tela com as jornalistas Camila Bonfim e Leilane Neubarth no programa Conexão GloboNews, exibido na manhã de hoje. "O que ele está fazendo estimula novas matanças, novos crimes contra transexuais", completou Leilane

O que aconteceu

A Justiça de Minas Gerais aceitou denúncia do Ministério Público contra o parlamentar. "Recebo a denúncia, pois estão preenchidos os requisitos e não se vislumbra nenhuma hipótese de rejeição", escreveu a juíza Kenea Márcia Damato de Moura Gomes, da 5ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte.

O UOL entrou em contato com o deputado. Em caso de manifestação, esse texto será atualizado.

Ao longo do vídeo, publicado quando ele ainda era vereador, Nikolas diz que a adolescente devia ter aproximadamente 15 ou 16 anos, e a chama de "menino", apesar de ela se identificar no feminino. O vereador também teria feito "propaganda contrária" à escola por permitir que a aluna utilizasse o banheiro.

Segundo ele, a estudante foi confrontada pela irmã dele, que é da mesma instituição de ensino. "Tire seu filho desse colégio. Não preciso nem falar que dentro da sala de aula, com relação à matéria de história, ocorre doutrinação. Travesti no banheiro da escola da minha irmã", afirmou Nikolas no vídeo publicado.

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O pedido de investigação foi protocolado pelo Coordenador da Aliança Nacional LGBTI em Minas Gerais, Gregory Rodrigues, e as vereadoras Bella Gonçalves (PSOL-MG) e Iza Lourença (PSOL-MG).

A representação acusa o deputado de "expor a adolescente pela publicação do vídeo, tecer críticas ao seu direito de uso do banheiro e criticar normas que permitem o uso dos banheiros conforme a identidade de gênero", além de incitar "posicionamentos contrários à garantia dos direitos da população transgênero".

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