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Jack, o Estripador: as crueldades do assassino que até hoje é um enigma

Ilustração de jornal da época mostra 'homem suspeito' representando Jack, O Estripador Imagem: Illustrated London News

De Splash, em São Paulo

26/09/2023 04h00

Um novo livro sobre Jack, o Estripador foi lançado recentemente na Inglaterra. Na obra, a autora afirma ter descoberto a identidade do assassino misterioso, que nunca foi identificado.

O serial killer aterrorizou o distrito de Whitechapel, em Londres, em 1888, assassinando mulheres com requintes de crueldade. Saiba quais foram os crimes atribuídos a Jack, o Estripador e por que ele nunca foi pego:

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Cinco casos são tidos como "canônicos", ou seja, são atribuídos ao criminoso por seguirem o mesmo padrão. Quatro das vítimas foram encontradas na rua, e a quinta e última foi encontrada em um quarto.

Mary Ann Nichols, 43, foi a suposta primeira vítima, e seu corpo foi encontrado no dia 31 de agosto de 1888. Ela tinha dois cortes profundos na garganta, duas facadas na vagina e uma abertura profunda no abdome, que expôs seu intestino, além de outros cortes nas laterais do abdome. Ela trabalhava como prostituta e tinha uma longa lista de passagens pela polícia.

O corpo de Annie Chapman, 47, foi encontrado uma semana depois. A garganta dela tinha dois cortes profundos, e seu abdome estava completamente aberto. Parte de suas entranhas foram colocadas sobre seus ombros, inclusive seu intestino. Uma autópsia revelou que partes do útero, da bexiga e da vagina de Chapman haviam sido retirados. A mulher trabalhava fazendo crochê e vendendo flores. Segundo relatos, ela passou a se prostituir após a morte do marido.

Elizabeth Stride, 44, e Catherine Eddowes, 46, foram mortas na madrugada do dia 30 de setembro. Stride tinha um único corte de 15 centímetros em seu pescoço, que atingiu sua artéria carótida e sua traqueia. Essa era a única mutilação em seu corpo. Já Eddowes teve a garganta cortada de orelha a orelha. Seu abdome tinha um corte longo e profundo, e suas entranhas foram colocadas sobre seus ombro direito e entre seu braço esquerdo e seu corpo. Ela estava desfigurada e teve pedaços dos rins, do útero e das orelhas arrancados. Apesar de terem outras funções, Stride e Eddowes, segundo relatos, se prostituíam ocasionalmente.

O último "caso canônico" é o de Mary Jane Kelly, 25, morta no dia 9 de novembro de 1888. O corpo dela estava completamente mutilado e foi encontrado na cama, no quarto onde ela morava. Kelly foi desfigurada, tinha um grande corte que ia da garganta à coluna. Seu abdome foi totalmente estripado, com os órgãos retirados, e partes de seu corpo foram encontradas em toda a cena do crime. O coração não estava no local. Ela também era prostituta e vivia na pobreza.

Por que Jack, o Estripador nunca foi pego?

O assassino dessas mulheres nunca foi pego nem identificado, portanto, "Jack, o Estripador" foi um apelido dado ao criminoso para identificá-lo na imprensa.

Ele costumava agir de madrugada, na escuridão, em uma época em que não havia energia elétrica nas ruas de Londres.

As vítimas eram prostitutas e viviam em lugares pobres, ou seja, eram pessoas sem recurso e desprezadas pela sociedade.

A polícia não tinha tantos recursos de perícia quanto tem hoje, dificultando a identificação do assassino. Eles coletavam indícios e depoimentos, mas como os crimes eram cometidos no escuro, na calada da noite, as ruas estavam pouco movimentadas, sem testemunhas.

Whitechapel, a região onde o crime foi cometido, tinha um grande fluxo de pessoas. Era uma área habitada por imigrantes, com grande movimento de trabalhadores do Porto de Londres. Isso dificultou o reconhecimento de alguém que poderia estar cometendo os crimes na região.

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