Justiça marca julgamento de Schutz por ameaça contra Livia La Gatto e Bruna
O julgamento do influenciador digital Thiago Schutz está marcado para 9 de novembro de 2023, de acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo. Ele é réu em uma ação criminal por ameaça contra a atriz e comediante Livia La Gatto e a cantora e influenciadora Bruna Volpi.
A audiência está marcada para começar às 16h30 e poderá ser realizada por videoconferência. Ou seja, as partes não vão precisar comparecer presencialmente ao Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo.
Em março, o Ministério Público de São Paulo denunciou Schutz por ameaça contra as duas mulheres. À época, por meio de nota, a promotora Juliana Carosini disse que "não bastasse, ele também efetuou uma postagem em suas redes sociais, a fim de que seus seguidores fizessem o mesmo, causando dano emocional e psicológico às vítimas, para controlar suas ações".
Procurada por Splash, a equipe de Schutz não retornou até o momento. A reportagem também entrou em contato com Livia La Gatto e Bruna Volpi, mas não obteve retorno. O espaço permanece aberto.
O que aconteceu:
Thiago Schutz foi denunciado por ameaça. Ele enviou uma mensagem para Livia La Gatto e Bruna Volpi exigindo que ambas tirassem os vídeos em que falavam dele nas redes sociais. Caso contrário, segundo ele, seria "processo ou bala".
O MP-SP apresentou a denúncia à Justiça no dia 16 de março. Dias depois, a juíza Sônia Nazaré Fernandes Fraga, da 24ª Vara Criminal do Foro Central, aceitou o pedido e o tornou réu.
Em fevereiro, por meio de vídeo nas redes sociais, Schutz disse que fala muito palavrão e que sua mensagem foi mal interpretada. Que "bala" não foi usada no sentido literal, e sim, no sentido de resolver a questão. "É a forma que eu me comunico, tá? Não tenho vergonha de falar dessa forma", disse.
O advogado Iberê Bandeira de Melo, que representa Livia e Bruna, acredita que esse é um passo importante no processo. "O crime de violência psicológica é novo no Código Penal e um processo contra esse tipo de ataque cria um precedente importante contra impunidade por ações nas redes sociais", comentou, à época, em entrevista a Universa.
Em conversa recente com Tati Bernardi, no videocast Desculpa Alguma Coisa, Livia falou da perseguição que sofreu dos integrantes de um movimento chamado "red pill" depois que denunciou Schutz. "Eles mandam emojis da pílula vermelha e de Campari. Mandam isso para mostrar que são de um movimento mesmo. Ao mesmo tempo que é muito infantil e doentio, é muito perigoso", contou.
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