'Corpo em Chamas': Netflix foi processada por criminosa que inspirou série
"Corpo em Chamas" está entre as séries mais assistidas da Netflix desde o seu lançamento, no início de setembro. Apesar do sucesso entre o público, a minissérie não agradou uma peça-chave da trama: Rosa Peral, a responsável pelo assassinato retratado no streaming.
Com Úrsula Corberó, a Tóquio de "La Casa de Papel", no papel da protagonista, a produção remonta o crime que ficou conhecido como o crime da Guarda Urbana na Espanha, em 2017.
Peral armou com seu amante, Albert López, a morte do namorado, Pedro Rodríguez - os três faziam parte da polícia municipal de Barcelona. O corpo de Rodríguez foi encontrado carbonizado no porta-malas de um carro após ser golpeado na cabeça na casa onde vivia com Rosa.
Presa desde a condenação em 2019, Peral processou a Netflix por explorar sua história e exige o pagamento de royalties e direitos autorais. Parte do valor seria direcionado à indenização de 800 mil euros que deve à família da vítima.
Ela afirma que a Netflix tenta fazer um novo julgamento midiático sobre sua vida. "A protagonista da série disse que foi um papel difícil de fazer, porque era muito tóxico. Diga-me, em que momento fui julgada por ser tóxica ou não? Não há sentença em que eu seja condenada como tóxica", afirmou à rádio Catalunya.
Rosa já havia tentado cancelar o lançamento da produção. Ela abriu uma ação judicial, pedindo para ver os episódios antes de irem ao ar. Caso não concordasse com a abordagem, exigiria a suspensão por violação à sua honra.
Processo foi considerado "inadmissível" pelo Superior Tribunal de Justiça da Catalunha. Um acordo foi firmado para que algumas mudanças fossem feitas antes do lançamento, entre elas a omissão da identidade das filhas da ré e do pai delas.
Um documentário sobre o crime também foi lançado pela Netflix. "O Caso Rosa Peral" entrevista a criminosa pela primeira vez diretamente da prisão.
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