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Influenciador é condenado a 7 anos de prisão por lavagem de dinheiro em MG

A 1º Vara Criminal de Uberlândia, em Minas Gerais, condenou o influenciador digital Lohan Ramires a sete anos e seis meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e embaraço às investigações. A decisão foi proferida na última quarta-feira (27).

O que aconteceu:

Lohan foi condenado no âmbito da operação Diamante de Vidro, deflagrada em agosto de 2021 pelas autoridades mineiras para investigar uma organização criminosa que agia em Uberlândia. O influenciador foi denunciado por participação na lavagem de valores obtidos a partir de negócios com o tráfico de drogas e outros crimes.

Além de Ramires, outras oito pessoas foram condenadas pela Justiça de Minas, com penas que variam de três a mais de sete anos de detenção.

Em fevereiro deste ano, o influenciador já havia sido condenado a 18 anos de prisão após ser considerado culpado em primeira instância pelos crimes de tráfico de drogas, associação criminosa e falsidade ideológica. Com a nova sentença sentença, Lohan Ramires deve cumprir uma pena total de 26 anos e um mês de prisão em regime fechado.

Lohan Ramires foi preso em maio de 2022 durante a operação Má Influência. No total, ele responde a três inquéritos por acusações de associação à organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e tráfico de drogas.

Segundo a denúncia do MPMG, Lohan tem ligações com uma rede criminosa que movimentou pelo menos R$ 150 milhões.

Em junho de 2023, após mais de um ano preso, Ramires conseguiu deixar a cadeia para liberdade condicional. Entretanto, em julho ele voltou a ser preso em outra investigação, mas conseguiu novo habeas corpus e atualmente responde em liberdade.

Splash não conseguiu contato com a defesa do influenciador. A reportagem também entrou com Lohan pelo direct do Instagram.

o influenciador Lohan Ramires foi condenado por lavagem de dinheiro
o influenciador Lohan Ramires foi condenado por lavagem de dinheiro Imagem: Reprodução
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Entenda as acusações contra Lohan

Operação Diamante de Vidro. A primeira operação contra Lohan Ramires ocorreu em agosto de 2021. Na ocasião, ele foi apontado como membro de uma organização criminosa de tráfico de drogas ,receptação, estelionato e lavagem de capitais.

A nova condenação estipulada pela Justiça mineira na última quarta-feira (27) é decorrente das investigações dessa operação, após denúncia do Ministério Público do Estado.

Operação Má Influência. Em maio de 2022, Lohan foi preso pela Polícia Civil no âmbito dessa operação. Posteriormente, o MPMG acusou o influenciador de vender anabolizantes de uso controlado, de usar dados de pessoas em notas fiscais ideologicamente falsas, de tentar desviar o foco dos investigadores, entre outros crimes — nesse caso, ele supostamente agia ao lado de um médico especializado em nutrição. Os desdobramentos dessa investigação levaram a condenação de Ramires a 18 anos de detenção — ele recorreu da decisão.

Operação Eríneas. Nessa operação, Lohan Ramires foi apontado como membro de um grupo montado nos presídios para matar autoridades de segurança pública, entre os quais delegados de polícia e promotores públicos. Apesar de responder em liberdade, ele ainda é investigado nesse caso.

Vida de luxo

No Instagram, Lohan Ramires costumava ostentar uma vida de luxo para seus mais de 650 mil seguidores.

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Veículos caríssimos. Entre os carros de luxo que ele costumava exibir e que estão nos autos dos processos, constam veículos de marcas como BMW e Porsche, além de uma lancha.

Lohan alega inocência. Em agosto, em entrevista à Record TV, Lohan Ramires disse que as acusações contra ele "são gravíssimas" e negou que tenha qualquer tipo de associação com o crime.

"Nunca [lavei dinheiro para o crime organizado]. Nunca precisei de dinheiro de crime para viver, nunca precisei lavar dinheiro para ninguém", afirmou.

Ramires alegou que seus recursos foram provenientes de algumas barbearias que ele abriu, mas admite que não declarou os rendimentos à Receita Federal e por isso estaria sendo acusado de enriquecimento ilícito. Ele também negou que tenha planejado a morte de autoridades e diz ser vítima de "perseguição" do Ministério Público de Minas Gerais.

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