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'Comida de prisão': figurantes expõem problemas de gravações na Record

Figurantes da novela bíblica "Reis", em exibição pela Record, estão insatisfeitos com as condições de trabalho nas gravações da produção. Em mensagens em um grupo de WhatsApp, às quais Splash teve acesso, eles reclamam de condições relacionadas à alimentação, ambiente em que trabalham e cachê abaixo do ideal. A emissora ainda não se pronunciou.

As principais reclamações são:

Alimentos com gosto e aparência de estragado, o que leva figurantes a passarem mal nas gravações.

Almoço em refeitório sujo, com urina e fezes de cachorros, além da presença de pombos no local.

Uso de figurantes em cenas de lutas que deveriam ser realizadas por dublês — que têm o custo mais alto para a produção.

Cachê de apenas R$ 70 para muitas horas de trabalho, enquanto o valor utilizado por outras emissoras pode chegar a R$ 150.

Falta de lugar seguro para guardar pertences enquanto os figurantes estão gravando as cenas.

Falta de transporte para chegar às gravações em Vargem Grande, bairro de difícil acesso na zona oeste do Rio

A reportagem entrou em contato via email com a Casablanca Filmes, e a Record TV, produtoras responsáveis por "Reis", para ouvir seus posicionamentos, mas ainda não houve retorno. O espaço segue aberto e será atualizado quando as produtoras se manifestarem.

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O ex-figurante da Record Daniel Apolloh, que compartilhou uma série de vídeos no TikTok com denúncias à emissora, relatou ter o celular quebrado durante a gravação de uma cena com espada. Ele diz não ter deixado o aparelho no armário por não sentir segurança, pois já soube que outros profissionais foram furtados.

"Até o armário que a gente guarda nossas mochilas, a gente guarda várias mochilas, quebram suas coisas. O telefone tem que ficar com a gente. Durante uma cena com armadura, meu celular quebrou... Minha amiga já comeu comida estragada. Na Globo, é diferente. A comida é a melhor, dá várias opções de comida, opção para vegetariano. Na Record, parece comida de prisão", diz Daniel a Splash

Já Giovani Aceti, que trabalhou por anos na emissora, conta que os problemas relacionados às condições de trabalho não são de hoje. "A diferença para outras emissoras é gritante. Sabemos que a emissora tem condições para investir. Figurantes são trabalhadores e precisam de condições mínimas de trabalho. Estamos prestando um serviço. Pessoas que já precisaram gravar na chuva e de madrugada, ficaram gripadas."

Splash teve acesso a mensagens de outros profissionais que não quiseram se identificar. Daniel e Giovani acreditam que outros figurantes da emissora têm medo de denunciar e não ter mais trabalho.

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