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'Esse é o nosso jeito': Restart é pura nostalgia no 1º show em 8 anos

Primeiro show da turnê de despedida da banda Restart aconteceu ontem em São Paulo Imagem: Clayton Felizardo/Brazil News

De Splash, em São Paulo

08/10/2023 10h32

"Esse é o nosso jeito de fazer rock", disse Pe Lanza, vocalista da Restart, antes de cantar a música "Nosso Rock" no show de retorno da banda ontem em São Paulo.

Era apenas a segunda música do show e a banda não subia ao palco há oito anos, mas todo mundo na plateia se lembrava bem do que esse "nosso jeito" significa: emocionado, colorido e cheio de pirotecnias.

Essas eram as características da Restart que mais atraíam críticas no auge da banda, e viraram motivo de orgulho para o grupo e seus fãs. Agora, com ambas as partes mais velhas, tudo foi embebido numa camada de nostalgia que fez esgotarem os oito mil ingressos para a apresentação no Espaço Unimed, na capital paulista. Se o show de abertura for um indicativo, nenhum desses três elementos vai faltar na turnê de despedida.

O guitarrista Koba no palco do primeiro show da Restart em oito anos Imagem: Clayton Felizardo/Brazil News

A começar pela pirotecnia: a Restart não poupou na estrutura de palco e montou o show com um telão para cada integrante, máquinas de fumaça e iluminação quase digna de um show de Alok.

A entrada de Pe Lu, Pe Lanza, Koba e Thomas no palco já deu o tom do restante do show, com trechos de entrevistas antigas exibidos no telão e brincadeiras com a iluminação e as silhuetas dos quatro integrantes.

As cores, que viraram a marca registrada da banda, também não foram esquecidas. Os tons neon estavam presentes no figurino da banda e também nos looks da plateia, que tirou as calças skinny do fundo do armário para a ocasião.

A emoção também era a mesma de anos atrás — até porque, para muitos na plateia, ver a Restart ao vivo era uma dívida com o próprio passado.

Pe Lanza no primeiro show da Restart em oito anos Imagem: Clayton Felizardo/Brazil News

"Eu estou muito emocionada porque eu nunca fui ao show na época, eu não tinha condição de ir. Agora, adulta, estou muito feliz de poder vir", explica Bárbara, supervisora comercial de 21 anos que começou a gostar da banda aos oito.

A independência permite que os fãs tomem decisões ousadas — quem acha que sofrer em fila de show é só para adolescentes se surpreenderia ao ver a fila na frente do Espaço Unimed ontem. Desde o início da tarde, os fãs enfrentavam a chuva de São Paulo para garantir bons lugares na plateia da apresentação, que só começou às 22h30.

A fonoaudióloga Laila, que hoje tem 24 anos, se surpreende com tudo o que mudou desde que se apaixonou pela Restart: "Na época, eu fui ao show com uma amiga que está aqui. Agora ela já tem filho! É muito louco, faz tantos anos e a gente está com o mesmo sentimento".

As fãs Bárbara, Brenda e Laila no primeiro show da turnê de despedida da Restart Imagem: Luiza Missi

Recriar esse sentimento foi a meta da banda. Antes da música "Esse Amor Em Mim", o vocalista Pe Lu anunciou que chamaria uma fã ao palco e faria a serenata para ela — como fazia quando tinha 20 anos e, a plateia, entre 10 e 15.

"Não lembrava que era tão difícil", confessou o músico enquanto fazia sua escolha. Ele apontou para uma mulher nas primeiras fileiras, que imediatamente foi às lágrimas como se estivesse em 2010. E ninguém estranhou: dentro daquela casa de shows, meio que era 2010, mesmo.

Em entrevista a Splash em agosto, a banda explicou que a turnê foi criada para dar aos fãs uma despedida digna da trajetória da Restart. Já no primeiro show, a promessa foi cumprida: o grupo provou que leva a sério o compromisso com a nostalgia dos fãs.

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