Quem é Mia Khalifa, ex-atriz pornô demitida por defender o Hamas?
A ex-atriz pornô Mia Khalifa, 30, foi demitida da Playboy e de uma empresa para a qual prestava consultoria após celebrar ataques do Hamas.
Mia, cujo nome de batismo é Sarah Joe Chamoun, é uma das atrizes mais famosas e ricas do gênero adulto, apesar de ter se aposentado dos filmes pornográficos há cerca de oito anos.
Saiba quem é ela:
A libanesa atuou em filmes pornográficos por cerca de dois anos e ficou famosa por gravar usando hijab (véu usado por algumas mulheres muçulmanas para cobrir a cabeça). As cenas fizeram com que ela recebesse ameaças do grupo extremista Estado Islâmico.
Ela rapidamente se tornou a atriz mais popular em sites adultos e continuou sendo uma das estrelas pornô mais procuradas anos depois de se "aposentar".
Mia diz que fez trabalhos pornográficos porque estava em uma "fase rebelde" e decidiu parar pouco depois de assinar um contrato com uma produtora de filmes eróticos. "Aquilo serviu para abrir meus olhos. Eu não quero nada daquilo, seja positivo ou negativo, mas era tudo negativo. Eu não pensava muito em quanto [a pornografia] estava fazendo minha família, meus amigos e meus relacionamentos sofrerem", disse, em entrevista à revista Playboy.
Hoje, ela tem uma página no OnlyFans e uma marca de joias, Sheytan. No OnlyFans, Mia publica fotos sensuais, mas não fica nua. "Este é o único site em que você pode encontrar conteúdo que eu concordo em publicar", alerta ela em seu perfil, onde cobra cerca de R$ 60 por uma assinatura mensal. Em maio do ano passado, ela afirmou que ganhava em torno de 10 mil dólares por dia na plataforma.
A atriz também costuma falar do lado "tóxico" da indústria pornográfica e diz sentir "pena" de si mesma. "Quando me atacam nas redes sociais e usam minhas fotos em filmes pornôs, não me reconheço naquela pessoa. E sinto pena dela, por onde ela estava mentalmente e por quão pouco eu me amava e me respeitava, por como tentava ganhar a aprovação dos outros", lamentou, em entrevista ao jornal El País.
No mês passado, a libanesa incomodou fãs de Anitta após afirmar que era Karol G quem merecia ganhar o prêmio de Melhor Clipe Latino no VMA 2023, e não a cantora brasileira. "Karol G foi roubada. Me desculpem, mas a garota está lotando estádios até a capacidade máxima — qualquer outra decisão que não seja premiá-la é puramente política, para apaziguar o público que a MTV está tentando alcançar", escreveu.
Mia virou assunto no Brasil em 2021 após a repercussão de notícias falsas que usavam sua imagem. Ela foi citada na CPI do Senado Federal que investigou erros e suspeitas de crimes na condução da pandemia no Brasil. O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) afirmou que uma atriz pornô seria diretora de uma empresa britânica que fornecia à época dados sobre a covid-19.
"Eu não sou uma médica, então não aceite conselhos médicos de memes falsos meus que você encontrou no WhatsApp", publicou Mia Khalifa no Twitter à época.
Ela também protagonizou uma notícia falsa durante as eleições do ano passado. A atriz teve a imagem associada à de uma fictícia Igrad Gaak, que seria "diretora do departamento antifraudes eleitorais" do Tribunal de Haia, corte internacional localizada na cidade de Haia, na Holanda. "Ok, a essa altura eu deveria estar me perguntando se estou atrasada para o trabalho, eu acho que eu realmente tenho esse emprego", ironizou ela na ocasião.
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