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Pai de Alok relata pânico após ataque do Hamas: 'Começaram a chorar'

O DJ Juarez Petrillo, pai do DJ Alok, concedeu entrevista ao Fantástico (Globo) para falar dos momentos de terror vivido em uma rave em Israel, no último sábado (7), após o ataque terrorista do Hamas.

Em entrevista que foi ao ar neste domingo (15), o DJ relata que a explosão da primeira bomba causou pânico e choro entre os presentes no evento SUPERNOVA Universo Paralello Edition.

De repente, estoura uma bomba do lado da festa. Cara, foi um grito de susto de todo mundo, que nessa hora a coisa mudou.
Juarez Petrillo

O pai de Alok estava prestes a subir ao palco para se apresentar na rave quando houve a invasão. "Era um local muito famoso para festas. Eu toquei há 10 anos exatamente no mesmo local", disse.

Juarez contou que o barulho das bombas assustou o público, mas ele ainda estava perdido sobre o que estava acontecendo. O DJ reforçou que estava acompanhado de um local, que lhe disse que poderia ser o exército de Israel revidando. "Foi um grito de susto de todo mundo, as meninas todas da festa começaram a chorar e entrar em pânico".

Participantes do evento precisaram correr pelo deserto para escapar do ataque.

Alok também comentou como foi a sensação de não conseguir contato com o pai. Ele disse que recebeu as primeiras notícias sobre Juarez por conta de um amigo.

"Fui vendo pelos vídeos da internet. Comecei a desesperadamente ligar para ele [o pai]. Até que consegui falar com um amigo dele. Depois, consegui falar com meu pai", lembrou.

A ficha foi caindo, no dia seguinte, quando a gente viu que tinha mais de 250 corpos ali, perto da área do festival. E comecei a entender a gravidade do ataque terrorista.
Alok

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Quem é o pai do DJ Alok?

Juarez Petrillo é DJ, assim como a ex-esposa e os dois filhos. Ele é conhecido como Swarup, enquanto a mãe de Alok utiliza o nome artístico Ekanta. O casal se separou quando Alok ainda era criança.

Ele escolheu os nomes dos filhos por recomendação do polêmico guru Osho. Antes do nascimento dos gêmeos Alok e Bhaskar, o então casal fez uma viagem à Índia, onde se encontraram com o guru espiritual Osho, líder do movimento religioso Rajneesh — o mesmo que gerou controvérsia no documentário "Wild Wild Country" (2018). Além do nome dos filhos, ele também sugeriu os nomes artísticos dos pais.

Juarez começou a trabalhar com música nos anos 80. Antes de explorar a música eletrônica, teve uma banda de rock chamada Primeira Pedra. No final dos anos 90, passou a remixar vinis e produzir videoclipes de rap.

No réveillon do ano 2000, fundou com Ekanta o festival Universo Paralello. A primeira edição durou aconteceu em Alto Paraíso de Goiás e reuniu 700 pessoas por três dias. Hoje, o evento é conhecido como o maior festival de cultura alternativa da América Latina: acontece a cada dois anos na virada do ano na Bahia, dura uma semana e tem um público de cerca de 30 mil pessoas.

Em seu Instagram, ele mostrou um vídeo de momentos antes do ataque do Hamas na festa em que ele tocaria.

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