R$ 600, golpe: Marcos Oliveira enfrenta problemas financeiros há 7 anos
Marcos Oliveira, 67, o eterno Beiçola de "A Grande Família", vem enfrentando problemas financeiros ao longo dos últimos anos. O ator, que recentemente chegou a confirmar que estava de mudança para o Retiro dos Artista, desistiu após receber uma doação de R$ 50 mil da influenciadora digital Deolane Bezerra.
Marcos sofre com a falta de emprego e com uma fístula na uretra desde o fim de 2016. Em entrevista ao UOL na época, ele contou que nunca teve contrato fixo com a Globo, mesmo durante "A Grande Família", série que durou 14 anos.
"Não tenho dinheiro para pagar aluguel e as contas. Fiz dois empréstimos para sobreviver acreditando que acharia um trabalho logo. Estou juntando dinheiro para tentar pagar o aluguel desse mês. Se não pagar, daqui a pouco estou sendo despejado", disse.
Em 2016, Marcos disse ter gastado R$ 85 mil para tratar da doença rara. À época, ele chegou a interromper o tratamento devido às dívidas acumuladas. "Quero trabalhar, ter minha dignidade. Não quero ficar receber esmola de ninguém. Parece que meu trabalho não é suficiente ou que não tenha qualidades para ser bem-sucedido no meu trabalho, entendeu?"
A fístula uretral é um canal de comunicação anormal que pode surgir entre a uretra, tubo que liga a bexiga ao meio externo, e outro órgão —como o reto ou a pele, por exemplo.
No fim de 2017, conseguiu um papel na novela "Deus Salve o Rei", onde interpretou o tio de Tatá Werneck. Com o salário da produção, pôde pagar algumas contas e parte de um empréstimo que havia realizado, mas, em 2019, voltou a desabafar sobre os problemas financeiros.
Ele afirmou ao Splash Show, de Splash, que a crise financeira se agravou após ser vítima de um golpe. "Uma pessoa me roubou tudo [que eu tinha] dentro dos bancos. Já fiz o boletim de ocorrência, mas o bandido está aí, à solta, e eu não posso fazer nada. Não posso nem dizer quem é a pessoa. Até meu INSS o cara roubou. Hoje vivo a base da esmola, da ajuda das pessoas", lamentou.
Ao Domingo Espetacular (Record), ele trouxe detalhes do suposto golpe: "Estou sem dinheiro, sem trabalho. Estão me processando: o Banco BV e o Itaú. Ajudei um amigo meu, ele não pagou e agora estou tentando resolver. Estou sem trabalho e preciso sobreviver. Consegui uma ajuda, mas fiquei devendo cinco meses de aluguel. Preciso de R$ 4 mil para começar a pagar o que devo em 18 vezes. Ainda tenho que pagar o aluguel, que é de R$ 3 mil", completou.
Em 2022, ele voltou a pedir ajuda dos fãs. À época, ele afirmou que passaria por uma cirurgia e precisava de dinheiro para pagá-la. Uma das pessoas que ofereceram apoio foi Tatá Werneck, que também conseguiu um plano de saúde para o ator. "Ela é uma amiga, uma irmã, a gente não se vê, a gente não tem um contato, mas é de uma afetividade, que supera os anjos e os arcanjos", agradeceu, no Instagram.
'R$ 600 por reprise'
Marcos revelou que recebia uma quantia pelas reprises de "A Grande Família", mas o valor não seria o suficiente para se sustentar. "Quando depositam é R$ 600, no máximo", disse.
Em entrevista ao podcast Só 1 Minutinho, Marcos disse que sentia que as pessoas estavam fazendo um favor para ele e, por causa disso, sentia a forma diferente de como outros artistas eram vistos nas gravações da série da TV Globo.
"Sempre fui tratado como 'estamos ajudando o cara'. Eu sentia isso no tratamento distanciado, nas reuniões que eu nunca participava de 'A Grande Família'", comentou durante a conversa.
Lúcio Mauro Filho sai em defesa do ator
O ator Lúcio Mauro Filho saiu em defesa de artistas que precisam pedir ajuda financeira, ao comentar o caso de Marcos Oliveira, que foi seu colega de elenco em "A Grande Família". No podcast Flow, ao ser questionado sobre a situação do colega, ele contou que Oliveira enfrenta uma doença rara desde antes de interpretar o Beiçola.
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Quero receber"O Marquinho tem um problema de saúde que vem com ele desde antes de A Grande Família. A gente fazia uma peça juntos e Marquinho fazia a peça com uma sonda de xixi e outra de cocô, já com esse problema raro", iniciou.
"Aquele momento da Grande Família foi de estabilidade, porque, puxa, plano de saúde, ganhando um salário bom e tal... Aí depois da Grande Família ele ainda fez bons trabalhos e aí veio essa doença desgraçada [covid] que deixou todo mundo sem trabalhar, e aí quem não tinha um colchãozinho, se fodeu", completou.
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