Repórter da Record relata abordagem de soldados em Israel: 'Caiu o sinal'
De Splash, em São Paulo
18/10/2023 21h10
O repórter André Azeredo relatou na edição desta quarta-feira (18) do Cidade Alerta (Record) que foi abordado por policiais israelenses durante a cobertura da guerra entre Israel e Hamas.
O que aconteceu?
De acordo com Azeredo, três policiais de Isarael o interpelaram pouco antes de entrar ao vivo pela emissora do Bispo Edir Macedo para entender quem era e para quem estava trabalhando.
Fomos abordados por 3 militares do exercito israelense pedindo a nossa documentação, pedindo pra saber quem eu era, de onde eu era, o que eu estava falando. Isso não aconteceu pela primeira vez.
André Azeredo
"Apresentei o meu passaporte, o crachá da Record e disse que tava trabalhando para a TV brasileira, que temos fuso horário de seis horas atrás e que eles tinham que entender", completou ele.
O repórter ainda destacou que os policiais fizeram perguntas sobre como estava fazendo o relato da guerra para evitar "alguma inverdade".
Eles queriam saber se estavámos trabalhando para uma emissora que estava falando alguma inverdade e falei: 'não, a gente tá reportando o que está acontecendo. Somos brasileiros'. Eles chegaram em cima da gente, caiu o sinal de forma surpreende, mas está tudo bem e ninguém foi levado preso.
André Azeredo
O jornalista concluiu explicando que os israelenses temem que seja divulgada a localização das bases miliares e quem são os soldados em ação.
"Na realidade, eles querem saber se estamos dando informações insensiveis, localização de tropas, policias ou mostrando rosto de militares. É uma situação muito parecida com o que vivo na Ucrânia. Eles têm muito medo que revelem posições estratégicas. Como a gente estava próximo a uma base militar, eles ficam um pouco ressabiados", finalizou.
Em 12 dias, a guerra deixou quase 5 mil mortos, segundo autoridades dos dois lados. Entre os palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde local, são 3.540 mortos, sendo 3.478 em Gaza e 62 na Cisjordânia. Em Israel são mais de 1.400 mortos, diz o governo.