'Diabo me obrigou': doc mostra possessão usada em defesa de assassinato
Novo documentário da Netflix, "O Diabo no Tribunal" retrata a primeira e única vez em que uma possessão demoníaca foi usada como defesa em um julgamento nos Estados Unidos. O caso ficou conhecido como "O diabo me fez fazer".
A produção contém relatos de pessoas envolvidas na suposta possessão que resultou no assassinato de Alan Bono. A história controversa também já foi retratada no último filme "A Ordem do Demônio", da franquia "Invocação do Mal".
Possuído pelo demônio
O documentário começa com um homem dizendo: "Meu nome é David Glatzel e eu tinha 11 anos quando fui possuído pelo demônio".
David teria sido possuído em 1980, após ajudar sua irmã, Debbie, na mudança para uma casa nova. Ele conta que sentiu uma presença diferente no local. "Fui jogado para cima da cama. Eu vi uma imagem com olhos pretos como um pedaço de carvão."
O garoto passou a se comportar de forma estranha, e coisas diferentes aconteceram na casa da família. David conta que ele xingava, batia nele mesmo e nos outros, mas não se lembrava de nada.
Exorcismo
Ed e Lorraine Warren, famoso casal de investigadores paranormais, foram chamados para investigar o caso.
David foi exorcizado pelos Warren em uma igreja em Connecticut.
Arne Cheyenne Johnson, cunhado do menino, desafiou o demônio a deixar seu corpo durante o procedimento. "Deixe o corpo do garoto em paz. Venha, leve-me", dizia ele.
"O diabo me fez fazer"
Arne matou seu senhorio, Alan Bono, a facadas cinco meses após o exorcismo de David. "Algo aconteceu com Arne naquela noite. Seus olhos ficaram pretos e ele simplesmente entrou em um estado de raiva", contou sua mulher, Debbie, em entrevista.
O homem foi encontrado desnorteado e sem memórias do crime por policiais, indo em direção à casa da família. No documentário, David diz acreditar que isso seria uma tentativa do demônio que o havia possuído na infância de matá-lo de vez.
Em seu julgamento, Arne relatou que o diabo o fez cometer o assassinato. O juiz responsável pelo caso definiu que sua defesa nunca poderia ser provada no tribunal.
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Quero receberEle foi condenado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) por 10 a 20 anos, mas cumpriu apenas 5 anos da pena.
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