Viúva de Chico Anysio alega ineficiência em inventário: 'Estava doente'
De Splash, em São Paulo
22/10/2023 20h41Atualizada em 23/10/2023 14h16
Malga Di Paula, 53, viúva de Chico Anysio, disse que não foi eficiente como inventariante do marido, que morreu em 2012, mas que isso não justifica que ela tenha "roubado" parte da herança dele. Desde foi destituída da função, Malga diz que não teve mais contato com os filhos de Chico Anysio. Ela falou sobre o assunto ao "Domingo Espetacular" desta noite.
Papel como inventariante. "Fui inventariante durante muitos anos e em nenhum momento tive oportunidade de falar porque as pessoas falam que eu não fui eficiente. E eu concordo. Acho que eu sempre fiquei muito doente e eu não tive assistência jurídica correta. Realmente eu não fui eficiente. Só que acho que se fosse ter conversado direito, abriria a mão da inventariança. Não precisaria ser assim traumático. Falam que peguei dinheiro, eu quero que provem. Desafio a provarem que eu peguei um centavo."
Relação com filhos de Chico Anysio. "São advogados que conversam com advogados, a gente não consegue se falar. Eles não quiseram conversar comigo porque o advogado não quer que conversem comigo. Eu falaria com eles, eles foram minha família, amo eles. Receberia a todos e jantaríamos juntos como fizemos centenas de vezes."
Últimos anos de vida do marido. "A Escolinha ia fazer 50 anos que estava no ar e ele tava programando a festa. Eles tiraram do ar alguns meses antes. Parte do Chico morreu ali (...) Chico queria apresentar a ideia de um programa e pediram para apresentar o currículo dele. O Chico sofreu muito nos últimos tempos."
Recuperação da covid-19. "Nem foi só o fato de ser entubada, eu tive que fazer 7 cirurgias em meu pulmão. A covid passou e deixou marcas profundas. Isso agravou meu quadro depressivo."
Tentativa de suicídio. "A pessoa tem que estar sentindo muita dor para tomar essa decisão. As coisas foram acontecendo... Muitas perdas. Eu tenho essa doença que é a depressão que faz a coisa ser maior ainda. Eu tive um gatilho e não queria mais viver (...). Eu recebi no meio da noite a ligação de uma amiga do Rio de Janeiro que nunca liga pra mim e me ligou naquela hora. E ela fala que o Espirito Santo a visitou e pediu para ela ligar pra mim."
Novo relacionamento. "O que eu quero é ter saúde mental. Então eu tô levando a vida. Tenho esperança de que vai surgir alguma coisa nova que me faça curar da nova doença. Essa nova relação me faz muito bem, mas não posso colocar minha vida, esperança e expectativas em uma relação. Estou tentando me reaproximar de Deus."