'A seara da fofoca': haverá um quarto filme do caso Von Richthofen?

"A Menina que Matou os Pais - A Confissão" já está disponível no Amazon Prime Video e conta como foi a investigação real da polícia no caso dos crimes cometidos contra Manfred e Marisia Von Richthofen. Eles foram mortos em 2002, a pauladas, por Daniel e Cristian Cravinhos a mando de Suzane, a filha do casal.

Os relatos de como uma história de amor se tornou um dos assassinatos mais famosos do Brasil estão em "A Menina que Matou os Pais" e "O Menino que Matou Meus Pais", longas lançados em 2021 e que abordam as diferentes versões contadas pelos ex-namorados Daniel e Suzane.

Com o lançamento de um terceiro filme sobre o famigerado homicídio, há quem se pergunte se uma quarta produção será feita.

Confesso que eu só penso nisso quando me chamam para fazer e aí tenho que pensar se vou fazer ou não.
Raphael Montes, corroteirista dos três longas sobre o caso, em entrevista a Splash

Questionado sobre um possível quarto filme, focado na vida na prisão ou da maternidade de Suzane, o escritor acha difícil acontecer. "Por ora, responderia não, porque não parei para pensar nisso. Mas, eventualmente, se eu encontrar algo de interessante para contar..."

Montes considera que falar sobre os detalhes da vida atual dos envolvidos no caso Von Richthofen é sensacionalista. "Os dias da Suzane na prisão e as questões de maternidade que ela está vivendo agora, a meu ver, talvez, entre muito mais na seara da fofoca, da imprensa que quer clique, e menos numa dramaturgia que interessa a um grande público e que traz questões."

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O terceiro filme

Montes explicou como foi a primeira impressão ao receber o convite para retornar à história. "Foi o que aconteceu até nesse filme, 'A Confissão'. Quando fomos convidados [os roteiristas Raphael Montes e Ilana Casoy] para fazer o filme, pedimos uma semana para pensar se havia história. A gente buscou e encontrou um novo olhar interessante de se apresentar."

O escritor explica que este terceiro filme se trata da versão da polícia e, desta maneira, seria possível transformar a produção em um "thriller investigativo". "Esse filme difere dos dois anteriores, os quais são mais um suspense psicológico familiar, em que você acompanha versões. Então, se você pensar, são ficções os dois primeiros filmes, a versão do Daniel e a versão da Suzane.

Esse não: esse é um filme baseado no processo, baseado no inquérito. Então, a partir dos depoimentos deles e também de outras pessoas envolvidas, das empregadas, das amigas e tal, dos parentes, a gente reúne tudo isso para contar uma história policial investigativa, que homenageia muito mais filmes como 'O Colecionador de Ossos', 'O Silêncio dos Inocentes' e 'Seven'.

Para Montes, a polícia é uma espécie de protagonista. "Ela ganha destaque e é ela que move toda a trama. Você acompanha essa corrida contra o tempo em poucos dias para conseguir uma prova que leve à prisão dos suspeitos."

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